Você entenderia melhor o caso, se o texto RETRATO DE UMAFRAUDE não estivesse (juntamente com outros 52) bloqueado, por uma liminar expedida em outro processo, cujo prazo recursal foi perdido. Mas, em KD AQUELA TURMA ANTIGA? POR QUE ELA SUMIU?, você vai saber ou se lembrar daqueles números da AUDITORIA oficial que levaram à calúnia ora condenada.
Diz a sentença (ipsis litteris):
“…II.3.2 DAS PROVAS
Compulsando os autos, percebe-se que o réu não trouxe aos autos documentos que comprovassem que na data da publicação da matéria o autor efetivação respondia processo por falsificação de documentos. Pelo contrário, consta documentos anexados aos autos pelo autor, à fl. 56, que comprova que um mês antes da data da publicação da matéria no site, houve o pedido de desistência da ação de falsidade ideológica por parte do (diretor da SINDJURFE à época). Em sumo, quando houve a
publicação da matéria, a SINDJURFE e seu diretor tinha total conhecimento que inexistia ação de falsificação de documentos contra o autor.
Deste modo, considerando que parte ré não se desincumbiu do seu ônus probatório em relação aos argumentos lançados na exordial em relação a
matéria caluniosa, nesse sentido, deixou de juntar e-mails, prova documental
ou qualquer outro meio de prova admitido. Assim, verifico que a ré tinha conhecimento pleno que o autor não respondia por nenhum processo por falsidade de documentos. Em face de tais conclusões, entendo que cabe falar em calunia (…)Assim, induvidosamente, tem a parte Autora direito aos danos moraisreclamados(…)”
SALVADOR, 13 de julho de 2020
BELª RITA DE CÁSSIA RAMOS DE CARVALHO
JUÍZA DE DIREITO TITULAR
“…A imprensa é livre (…) É livre até como uma exigência constitucional para se garantir o direito à liberdade de informar, e do cidadão ser informado para exercer livremente a sua cidadania. Portanto, eu vou dar cumprimento ao que o Supremo já decidiu reiteradamente: é fato, cala a boca já morreu (…) Não há democracia sem liberdade. Ninguém é livre sem ter pleno acesso às informações, e são os jornalistas e a imprensa a nossa garantia de que teremos sempre as informações prestadas, o direito garantido…”
Ministra Carmem Lúcia, presidente do STF, durante a palestra “A liberdade de expressão na comunicação tecnológica…”
“…Quem não quer ser criticado, quem não quer ser satirizado, fica em casa, não seja candidato. não se ofereça ao público para exercer cargos políticos…”
– A liberdade de imprensa, enquanto projeção das liberdades de comunicação e de manifestação do pensamento, reveste-se de conteúdo abrangente, por compreender, dentre outras prerrogativas relevantes que lhe são inerentes, (a) o direito de informar, (b) o direito de buscar a informação, (c) o direito de opinar e (d) o direito de criticar.
– A crítica jornalística, desse modo, traduz direito impregnado de qualificação constitucional, plenamente oponível aos que exercem qualquer atividade de interesse da coletividade em geral, pois o interesse social, que legitima o direito de criticar, sobrepõe-se a eventuais suscetibilidades que possam revelar as pessoas públicas ou as figuras notórias, exercentes, ou não, de cargos oficiais.
– A crítica que os meios de comunicação social dirigem às pessoas públicas, por mais dura e veemente que possa ser, deixa de sofrer, quanto ao seu concreto exercício, as limitações externas que ordinariamente resultam dos direitos de personalidade.
– Não induz responsabilidade civil a publicação de matéria jornalística cujo conteúdo divulgue observações em caráter mordaz ou irônico ou, então, veicule opiniões em tom de crítica severa, dura ou, até, impiedosa,AINDA MAIS se a pessoa a quem tais observações forem dirigidas ostentar a condição de figura pública, investida, ou não, de autoridade governamental, pois, em tal contexto, a liberdade de crítica qualifica-se como verdadeira excludente anímica, apta a afastar o intuito doloso de ofender. Jurisprudência. Doutrina.
– O Supremo Tribunal Federal tem destacado, de modo singular, em seu magistério jurisprudencial, a necessidade de preservar-se a prática da liberdade de informação, resguardando-se, inclusive, o exercício do direito de crítica que dela emana, por tratar-se de prerrogativa essencial que se qualifica como um dos suportes axiológicos que conferem legitimação material à própria concepção do regime democrático (… )
(…) Arbitrária, desse modo, e inconciliável com a proteção constitucional da informação, a repressão à crítica jornalística, pois o Estado – inclusive seus Juízes e Tribunais – não dispõe de poder algum sobre a palavra, sobre as idéias e sobre as convicções manifestadas pelos profissionais da Imprensa. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. Jurisprudência comparada (Corte Européia de Direitos Humanos e Tribunal Constitucional Espanhol).”
(AI 505.595-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
RECURSO ESPECIAL Nº 984.803 – ES (2007/0209936-1), STJ
– A liberdade de informação deve estar atenta ao dever de veracidade, pois a falsidade dos dados divulgados manipula em vez de formar a opinião pública, bem como ao interesse público, pois nem toda informação verdadeira é relevante para o convívio em sociedade.
– A honra e imagem dos cidadãos não são violados quando se divulgam informações verdadeiras e fidedignas a seu respeito e que, além disso, são do interesse público.
– O veículo de comunicação exime-se de culpa quando busca fontes fidedignas, quando exerce atividade investigativa, ouve as diversas partes interessadas e afasta quaisquer dúvidas sérias quanto à veracidade do que divulgará.
“…O governo de Jair Bolsonaro & família ainda não começou, mas tem conseguido a façanha de errar antes da estreia, com explicações que, em vez de explicarem e esclarecerem, geram mais suspeitas. É lamentável o modo como Jair Bolsonaro e sua equipe vêm tratando o caso relativo ao ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente eleito…”
Fora de forma e bem ocupado (amanhã, uma viagenzinha, que ninguém é de ferro, né?), não preparei um MULTIUSO para este final de ano, caro leitor. Quebrei a tradição, infelizmente. Nem um poeminha vai rolar, ao não ser o da matéria abaixo:
O mais incrível é que a bandidagem de “esquerda” vai perder a eleição para uma chapa de extrema-direita (nem sempre tão violenta e preconceituosa quanto qualquer extrema-esquerda) puro sangue: capitão+general! E pior: sem tempo de TV, sem partido grande, sem simpatia da grande mídia nacional e internacional, com toda a campanha contrária da não-“direita” … Sozinha! Quer se queira, quer não, isso é, praticamente uma revolução. Depois de Temer, é o maior legado da ampla corrupção petista!!! Ela merece!
……………..TERRA EM TRANSE OU DEUS E O DIABO NA TERRA DO PARTIDO DA CLEPTOMANIA DO BRASIL?
Para onde foram os votos que, como o meu, iam para o PT, leitor? E por quê? Votei em Ciro, no primeiro turno e vou anular, no segundo. O que se pode fazer, né? Em novembro de 2004, após o estouro do Mensalão (no Sindjufe/ba também teve um, se não me engano.. Veja A VERDADE, NADA MAIS DO QUE A VERDADE III) publiquei um texto na mídia Sindjufe, chamado ‘QUEM TE VI, QUEM TE VÊ (PT SAUDAÇÕES)‘ que, oito anos depois, trouxe pra cá, com o seguinte título: 1994, IDÉIAS PARA UMA ALTERNATIVA DE ESQUERDA… (o livro). Resumo: “… Admitamos que a radicalização da democracia brasileira, a ser feita de ética, participação, desenvolvimento e justiça social, marca do PT-de-origem, não se cumpriu e, pelo jeito, não vai se cumprir sob Lula. Por quê? Porque o PT que chegou ao poder foi outro. Aquele primeiro bico generoso bolinou, mas não chegou a romper a casca do ovo. Fora derrotado pelo atual, que, cooptado, transformou-se na própria lógica que o primeiro combatia…”.
Tenho muita saudade daquele tempo! Como me sentia protegido com aquele partido! E como ele me destruiu! Sim, porque é na juventude que se está com todo o gás, e é com esse gás que, lançado ao mar, pobre tem de remar (veja NAVEGAR É PRECISO). E é aí que entra uma cantoria vagabunda (veja O QUE É IDEOLOGIA!?) e leva (rouba) a força desse remo, sem qualquer pudor, para os seus próprios braços… Só que chega um momento em que aquele ex-jovem cheio de gás só presta mesmo é para beijar mão, carregar bandeira e soprar apito. E aí? O que fazer?
Eu tive uma chefe (eu era estagiário na antiga Seplantec) que, embora graduada em economia, passou a vida xingando o capitalismo (que, em 20 anos de suor e boa escola pública… Outras cositas más esqueçamos, por enquanto) transferiu mais de seiscentos milhões de chineses da fome para o consumo) e endeusando o seu oposto. Ela tinha carro, no início dos anos 80. Recentemente, para a minha tristeza, soube que ela estava morando de aluguel lá pelo centro da cidade e mantendo dois filhos de mais de 35 anos, a quem ela tinha ensinado aquela cantoria… A gente entende por que alguns “cumpanheiro” “vacilam” e até acabam presos, né, leitor? A vida é de VERDADE, concorda? E quase sempre simples:
Fonte: Google
Fonte: Veja, 10out18.
O que fizeram com esse país, hein? Direto ao ponto, leitor:
E aí, leitor? Quer continuar, ou vai desistir? Continuando…
Nesse voto de 2016, o ministro defendeu enfaticamente a prisão após a condenação em 2a instância, chegando a propor, até, que o STF tornasse aquela decisão como definitiva e extensiva a todos os casos… Mas, repentinamente e sem explicação, mudou de ideia…
Serei breve (tô digitando só com uma mão – epicondilite, no braço esquerdo)… O livro O PENSAMENTO INQUIETO (1993, UNB)
é uma coletânea das 10 palestras que compuseram o FÓRUM DO PENSAMENTO INQUIETO realizado em Brasília, naquele ano. Alguns palestrantes: Cristóvão Buarque, Nelson Coutinho, Betinho, Lindberg Farias e o então presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. E ele falou sobre Ética:
Tá vendo que ele fez palestras, leitor? E as más línguas…, hein? Não só fez como meteu o pau na corrupção, nas empreiteiras e na… Impunidade!! Logo de cara, dois trechinhos:
Notou que o então presidente do partido batia nos políticos, leitor? Na época, ele ficava puto com político ladrão… Atenção, petista:
Oxi, então já rolava, naquela época, a estória de “político ser mais honesto do que concursado”? Um dia desse, ele saiu com essa na TV (e eu o compreendo), mas, naquela época?
Mais uma vez, atenção petista:
Parabéns, presidente! Não só entendo as suas razões como colaboro com a justa campanha pela sua libertação e dos demais “cumpaeros perseguidos”:
DEFENDER LULA É “DEFENDER A DEMOCRACIA”?“…Se o ex-presidente sair do jogo, nos termos do que manda a lei, o Brasil terá uma excelente oportunidade para tornar-se um país melhor do que é. Ao mesmo tempo, será dado mais um passo no desmanche da maior obra de empulhação já montada até hoje na história política deste país.
Essa farsa, em exibição há anos, se deve à seguinte realidade: nada do que existe em relação a Lula é genuíno, verdadeiro ou sincero. Lula se apresenta como um operário, mas já passou dos 70 anos de idade e não trabalha desde os 29. Representa o papel de maior líder de massas da história do Brasil, mas não pode sair na rua há anos, com medo de ser escorraçado a vaias, ou coisa pior. O “irmão” do brasileiro pobre é um milionário ─ e, como diz a líder de um partido rival de extrema-esquerda, ninguém pode ser metalúrgico e milionário ao mesmo tempo.
Vive denunciando as diferenças entre ricos e pobres, mas nenhum presidente brasileiro enriqueceu tanto os ricos quanto Lula ─ e justo aqueles que tiram suas fortunas diretamente do Tesouro Nacional. Os pobres ficaram com o Bolsa Família. A Odebrecht ficou com as refinarias, os “complexos” petroquímicos, os estádios da Copa do Mundo, os portos em Cuba.
Chegaram, neste fim de feira, a chamá-lo de “Nelson Mandela” ─ imaginem só, Nelson Mandela, que ficou 29 anos preso por ser negro e pedir a igualdade racial em seu país, e não por ter sido condenado como ladrão num processo absolutamente legal. Mandela não teve advogados milionários, nem recursos no TRF-4, nem a paciência do juiz Sérgio Moro, nem liberdade para ameaçar, pressionar e insultar a justiça. Não teve acenos de prisão domiciliar e “regime semi-aberto”. Mais do que tudo, talvez, Lula foi santificado como o homem mais importante do Brasil nos últimos 500 anos. Criou-se a fábula de que tudo depende dele, a começar pelo futuro de cada brasileiro. Nada se pode fazer sem Lula. Lula vale mais que todos e que tudo. O Brasil não pode existir sem Lula.
Tudo isso é uma completa falsificação ─ e é por isso, justamente, que as atuais desgraças de Lula na Justiça não estão provocando nenhum terremoto na vida nacional, e sim um final de história barateado pela decadência, o rancor e a mesquinharia. A verdade, em português claro, é que o Brasil não precisa de Lula. Se cair fora da vida política mais próxima, não fará falta nenhuma. Não há no Brasil de hoje um único problema concreto que Lula possa ajudar a resolver ─ você seria capaz de citar algum? É verdade que sábios de primeiríssima linha, cientistas políticos, “formadores de opinião”, etc, têm se mostrado aflitos com a possível “ausência” de Lula da lista de candidatos ─ nas suas angústias, acham que isso seria desagradável para a imagem de pureza que caracteriza nossas eleições através do mundo. Mas é uma alucinação: se Lula ficar fora é porque a lei assim determinou, e ponto final. Isso apenas mostra a imensa dificuldade que a melhor elite brasileira, até ela, tem para aceitar a ideia de que a sociedade deste país só valerá alguma coisa quando viver sob o império da lei.
Quem precisa de Lula não é a lisura das eleições, nem o povo brasileiro. São as empreiteiras de obras públicas. São os que esperam por novas refinarias Abreu e Lima. São os vendedores de sondas ou plataformas para a Petrobras. São os operadores de fundos de pensão das estatais. São os marqueteiros milionários. São os Renan Calheiros, e os Jader Barbalhos, e os Sarneys. São a diretorzada velha da Petrobras ─ gente que não vacilou em meter a mão no bolso e devolver 70 milhões de dólares em dinheiro roubado da empresa. São os Odebrechts, os Joesleys e os Eikes…”
Fonte: QUEM QUER LULA, Jo´se R Guzzo, Veja, 22/01/2018
Será mesmo a VEJA o “LIXO” que Lula e seus seguidores dizem, leitor? Esse post é uma homenagem aos Juízes Sérgio Moro e Marcelo Bretas, aos procuradores da Lavajato, à Polícia Federal, aos três grandes Desembargadores do TRF4 e a toda Imprensa brasileira que cumpre o seu papel de informar, como a Veja. Relembre-se que a matéria cuja parte aqui reproduzo é ANTERIOR ao julgamento, o que, mais uma vez, prova a isenção da revista que leio desde 1977 (veja O QUE A VEJA TEM QUE ELES NÃO GOSTAM?):
“…preso assim que julgados eventuais recursos no TRE.”
“O JAPÃO É UM PAÍS PAUPÉRRIMO, COM VOCAÇÃO PARA A RIQUEZA. NÓS SOMOS UM PAÍS RIQUÍSSIMO, COM VOCAÇÃO PARA A POBREZA…” (Tom Jobim)
“CONSIDERO O MÁXIMO DE HABILIDADE POLÍTICO-ECONÔMICA A DESSES CARAS QUE SE LOCUPLETAM NO CAPITALISMO, ENTRANDO PELA ESQUERDA” (Millor Fernades)
Fontes: MEU REINO POR UM CAVALO 2: CITAÇÕES, AFORISMOS E FRASES CÉLEBRES; Edição, seleção e projeto, Ivan Mchado, LPM, 2016 e ELA É CARIOCA: UMA ENCICLOPÉDIA DE IPANEMA. Ruy Castro, SP, Companhia das Letras, 1999.
Tá vendo essa capa de 21 de janeiro de 1970? Eu vi essa revista, na RUF, em 1977 (se você pesquisar RUF aí ao lado, vai aparecer é coisa!). Ela (a revista) é quase toda pipocada por personagens da esquerda, inclusive os ministros da então não bolivariana Bolívia chefiada pelo general Ovando Candia, falando em “revolução profunda” e “Marxismocomo instrumento de interpretação da realidade” …
… o que, aliás, já havia gerado a morte do “Dr. Ramon“…
“Hoje cedo, na rua Do Ouvidor Quantos brancos horríveis eu vi Eu quero um homem de cor Um deus negro do Congo ou daqui
Que se integre no meu sangue europeu
Black is beautifull, black is beautifull Black beauty so peaceful I wanna a black I wanna a beautifull…”
É forte essa letra, leitor? E a interpretação? Elis canta como uma negra, né? É racista? É (com o sinal trocado), assim como as curtidas piadas contra loura! Sim, eu sei: de “baixo” para “cima” pode, já que o que se ataca é uma terrível gravidade secular, não a pessoa. Sim, a atriz poderia ser uma Taís de Araújo (por exemplo), apesar da importante perda de contraste entre o produto e a sua pele. E fico a me perguntar: o que diriam certos ativistas se a mesma indústria contratasse a bela Taís para um comercial de papel higiênico branco igualmente vip?
Sim: black is beautifull, mas nem sempre!
Tanto não é que não nos ofendemos, por exemplo, com a escola pública que nos mantém escravos!
‘…Em plena ditadura militar (…) uma lei proibia hospedagens de curta permanência, inviabilizando a utilização dos hotéis para os encontros amorosos na época. “Naquele tempo eles impediam que se usasse o quarto menos de 24 horas (…) tinha que ficar 24 horas no quarto. Quando o casal saia antes, a polícia o abordava, perguntando se iam embora. Se falassem que iam, eles levavam para a delegacia, e eles ficavam presos por até 15 dias, por ato libidinoso”, se lembra Pepe…“ – o fundador do primeiro motel, em S. Paulo . Como a lei é antinatural, né, leitor?
‘…Para driblar a lei da época, Pepe – que já trabalhava com hotéis em São Paulo – foi buscar inspiração nos clubes americanos. “Os motéis nos Estados Unidos são mais voltados para o descanso de viagens. Aqui nós desvirtuamos”…
E ainda há quem se queixe do tal “jeitinho brasileiro“, né? Se bem que, no outdoor paraibano acima (veja MULTIUSO8), bem que poderia estar escrito: “É LAGOSTA“, que foi o que o motel, quis dizer, né? Bem, quanto ao “ANO QUE NÃO ACABOU“…
“…não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição” (Mário de Andrade) …
Legal, né, leitor? Depois do PT, então…
Fl. 31:
” …Discurso, ação, pensamento, ruptura… mágica da revolução…“. Sacou, né?
Fl. 37:
“…camadas arcaicas na consciência de velhos revolucionários…“. Lembro da vez em que uma militante de “Viração” (stalinista) discursou, aos prantos, contra as rivais de “Liberdade e Luta (trotikista):
“…não estamos aqui pra isso (…) não é por isso que se luta…”
“És um senhor tão bonito Quanto a cara do meu filho Tempo Tempo Tempo Tempo Vou te fazer um pedido Tempo Tempo Tempo Tempo…”
Fl. 72:
Ainda encontrei uma Ufba falastrona (mítica, digamos. E linda) assim, leitor (veja POR QUE VIREI À DIREITA (o livro. Ou quase), MULTIUSO 21 …). Nas palestras do prof. de Economia Marco (ou Marcos) Antônio, aliás, só não se previa o dia e a hora exatos em que o danado do capitalismo ruiria, por aqui, embora já oficialmente reinstaurado na China “Comunista” e, não declaradamente, na Hungria. Mas, em São Lázaro (FFCH/UFBA), de onde se saia ainda mais crente, sim…
Ai do capitalismo, coitado, se não fossem as suas então tão apontadas “próprias contradições”…! Que outro sistema foi mais humano, isto é, parecido com o ser humano, leitor? E quanto mais criticado, melhor, né (veja AMORAL DA HISTÓRIA, UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL.COM DIN-DIN…, MULTIUSO 24 …)?
Sim, foi uma linda “AVENTURA DE UMA GERAÇÃO” (como expresso na capa), que tinha de tudo, né? Aventura essa, aliás, que terminou (espero) com o MAIS FAMOSO MENSALÃO , o PETROLÃO e o IMPEACHEMENT de Dilma.
Pena não haver mais uma boa miragem pela qual se falar, escrever, cantar, filmar, encenar, fumar, beber (ganhar dinheiro) ou dançar, né? A não ser, claro, que fechem motel…
Na fl. 154 da biografia da Miss Universo/1968, a soteropolitana Martha Vasconcelos [Roberto Macedo; Martha Vasconcelos- A Rainha da Beleza Universal; Coleção Gente da Bahia, Edições Assembleia Legislativa da Bahia, 2014] consta que o salário mínimo, em junho/69, era NCr$129,60 (menos de cento e trinta cruzeiros novos) ou quase R$900,00 (novecentos reais), em valores de 2014… E atualmente? R$ 937,00 (novecentos e trinta e sete reais! Êta! Então, no auge dos anos de chumbo, o poder aquisitivo do mínimo era o mesmo do período, digamos, mais iluminado da nossa história?
Calma, leitor? Naquela época, uma máquina de escrever portátil equivalia a R$2700 (dois mil e setecentos reais) atuais, e a máquina de lavar mais barata, quase R$4.500,00 (quatro mil e quinhentos)… Como a indústria produzia para poucos, um par de sapato de cromo podia chegar a R$680,00 (seiscentos e oitenta reais), segundo a mesma fonte, e uma TV a lenha poderia custar mais do os olhos da cara… Isso quer dizer que…? Precisa-se de muito mais capitalismo, isto é: varejo, consumo, mercado, dinheiro circulando… E, portanto, de uma escola pública como a da China, Japão, Coreia do Norte ou até a do Chile… Concorda, leitor?
Ou a China (“comunista” na política, mas capitalista na economia) não virou o bicho em menos de 50 anos? Já o Brasil… Aliás, em 1989, a produção econômica brasileira, embora CAPITALISTA e “SELVAGEM”, perdia até para a do então “não capitalista” Leste Europeu… É mole? Veja:
Fonte secundária: Veja, 05abri1989.
Viu por que o “socialismo” não aguentaria a parada, ainda que, por dentro, fosse um amor, leitor (veja ÉTICA NÃO É IDEOLOGIA)? Ora, por que a China (o Partido) trocaria o sistema (chamando de volta o danado do capitalismo) muito antes de a URSS desabar? Entendeu, agora, a expressão “negício da China” (veja CISNES SELVAGENS), né? Tudo bem que Fidel e o PCdoB (por exemplo) a chamaram de “revisionista”, coitada, mas…
Veja-se, aliás, que, enquanto a galera daqui (incluindo a “academia”) megafoneava o “socialismo” e por ele pegava em arma, a do Leste já dava marcha ré, até OFICIALMENTE, antes Queda do Muro, em 1989! E curtia, viu?:
Embora, nem sempre:
Fonte: Veja, 05abr1989 e 21jan1970. Tudo bem que a Veja “mente“, né, leitor? Mas, que foi uma pena um mundo tão divertido acabar, foi, concorda?
Mas, não esqueça: DINAMARCAS só são possíveis com economia de mercado+ escola pública que gere gente exigente de si própria + judiciário que castre ladrão de dinheiro público + trabalho e vergonha! Aliás, (e)leitor, por que será que, após treze anos de partido “DOS TRABALHADORES”, a escola pública brasileira de nível médio para baixo (a do povão) ainda é o que é? A de classe média pra cima (a Ufba, o colégio Militar) ainda são bons, né? Por que se preferiu torrar bilhões em JOGOS PANAMERICANOS, COPA E OLIMPÍADAS (hj tudo abandonado) e não em ESCOLA e DEMAIS INFRAESTRUTURAS?
“… peço aos deuses (também creio nos deuses) que afastem do Brasil o sistema republicano, porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o sol jamais alumiou” (Machado de Assis, 5 de março de 1867, citado por Roberto Pompeu de Toledo em “MACHADIANAS” – Veja, 09nov17.
É IMPERDOÁVEL sim, Lenine! Eu sou de um tempo em que o ladrão, o corrupto, o escroto, o chefe de quadrilha era odiado (quem foi petista sabe), e a corrupção era o “o câncer que destruía o estado e o país“). De um tempo em que nos orgulhávamos de fazer campanha e votar no PT, então o “partido da ética” [veja POR QUE VIREI À DIREITA (o livro. Ou quase)]. Mas, agora, nos tempos da “pós-verdade” (da verdade relativa), não há mais corrupção que foda o país (a não ser a do passado)! Vão tomar no cu, sacanas!
Ora, no poder, a tal esquerda chamou o capital e disse: “aqui está o ESTADO. Eu tenho o povo, que farei ainda mais idiota; a galera que ganha dinheiro com bordão e slogan (sindicato, universidade, etc); e o olhar contemplativo da imprensa e do mundo. Eu quero dinheiro, inclusive pra manter o esquema por tempo indeterminado. Vamos fazer negócio?”
Ou não foi?
A pilhagem iniciada pelo PT e continuada pela sua “base” (Temer) NÃO foi obra do tradicional malandro de amedrontado, não. FOI (É) POLÍTICA DE ESTADO…
Sim, leitor: a Lavajato brasileira é um sucesso além-mar. Em Portugal, o ex-primeiro ministro José Sócrates, há muito já está preso (vejaA REGRA DO JOGO) e, no Peru, o militar de “esquerda” que se elegeu presidente na embalagem de “o Lula peruano“,
Nessa entrevista, o autor de A SENGUE FRIO ressalta que há “várias semelhanças” entre os esquemas nos dois lados do Atlântico, a começar pelo fato de terem sido praticados por “grandes empresários e políticos“, lamentando que “duas democracias maduras foram totalmente incapazes de diagnosticar precocemente fraudes tão gigantescas“…
Primeira pergunta: Foi por ideologia que se deu parceria entre os petistas brasileiros e os…Viu que o cara de lá tá preso, sem nem ser julgado, leitor? Êta, será que tão perseguindo? Parece que lá também tem suas “vitima”, viu?:
“…Roberto D’Ávila com seu talento e competência profissional, entrevistando Lula, na Globo News, tentou tirar leite das pedras, extrair alguma luz de uma cabeça de bagre. A entrevista foi um descalabro. Uma aula torta de como mentir. Podia ter encerrado a conversa relendo relatório da Polícia Federal, publicado na “Folha de S. Paulo” que lista as 15 empresas da família Lula.
O Brasil teve durante 300 anos uma família imperial. Agora sabe-se que tem uma “família empresarial”, que fez o milagre de chegar a São Paulo carregando uma trouxa e meio século depois ser proprietária destas 15 empresas (nome das empresas)
1 – O ex-ministro e professor João Sayad da USP confirma:
“A Democracia ameaça a República se for dominada pela demagogia, por eleitores mal informados. Não há república sem homens virtuosos: honestos defensores do interesse público e corajosos. A República pode se tornar tirania. República e democracia procuram um equilíbrio delicado. A República vai mal. Falta virtude. Como tornar os homens públicos virtuosos? Deveriam ler os clássicos – Cícero, Catão, Platão, Aristóteles. Só assim homens virtuosos poderiam se candidatar sem ter que jantar escondido com financiadores de currículo duvidosos”. (Valor Econômico)
2 – Professor e diretor do Instituto de Políticas Públicas da UNESP, Marco Aurélio Nogueira:
“A política ficou submetida ao mercado e a representação perdeu substância. A fragmentação e a falta de operacionalidade do sistema político fazem com que a democracia, em alguns países, fique bloqueada e, em outros, passe a ser alimentada por doses expressivas de corrupção e ilicitude. Neste ambiente, os governos e a classe política pioram dramaticamente seu desempenho e deixam suas comunidades sem muitas saídas.” (O Estado de São Paulo)
O PT nasceu para ajudar a iluminar a vida política da Nação. Mas só fez apagar a luz. O Brasil jamais havia descido a um nível político tão invertebrado…”
“…É simples. O Brasil de hoje é governado como uma usina de reprocessar lixo. Entra lixo de um lado, sai lixo do outro. O que mais poderia sair? Entre a porta de entrada, que é aberta nas eleições, e a porta de saída, quando se muda de governo, o produto fica com outra aparência, altera o nome, recebe nova embalagem ─ mas continua sendo lixo. Reprocessou-se o governo do ex-presidente Lula; deu no governo Dilma Rousseff; reprocessou-se o governo Dilma;deu no governo Michel Temer. Não houve, de 2003 para cá, troca no material processado pela usina. Não houve alternância de poder, e isso inclui o finado governo Temer. Continuou igual, nos três, a compostagem de políticos “do ramo”, empreiteiras de obras públicas, escroques de todas as especialidades, fornecedores do governo, parasitas ideológicos, empresários declarados “campeões nacionais” por Lula, por Dilma e pelos cofres do BNDES. É esse baixo mundo que governa o Brasil.
Michel Temer, na verdade, faz parte integral da herança que Lula deixou para os brasileiros. Tanto quanto Dilma Rousseff, é pura criação do ex-presidente ─ só chegou lá porque o PT o colocou na Vice-Presidência”
“… Na crônica da semana passada, tentei, pela milésima vez, aderir ao comunismo. Usei todos os chavões que conhecia para justificar o projeto cubano. Não deu certo. Depois de 11 dias na ilha de Fidel Castro, entreguei de novo os pontos (…)
Não fiquei trancando no mundo cinco estrelas do hotel Habana Libre. Fui para a rua. Vi, ouvi e me estarreci. Em 42 anos, Fidel construiu o inferno ao alcance de todos. Em Cuba, até os médicos são miseráveis (…) ‘Cuba tem 11 milhões de habitantes e 5 milhões de policiais’. Um policial pode ganhar até quatro vezes mais do que um médico, cujo salário anda em torno de 15 dólares mensais. José, professor de História, e Marcela, sua companheira, moram num cortiço, no Centro de Havana, com mais dez pessoas (em outros chega a 30). Não há mais água encanada. Calorosos e necessitados de tudo, querem ser ouvidos. José tem o dom da síntese: ‘Cuba é uma prisão, um cárcere especial. Aqui já se nasce prisioneiro. E a pena é perpétua. Não podemos viajar e somos vigiados em permanência. Tenho uma vida tripla: nas aulas, minto para os alunos. Faço a apologia da revolução. Fora, sei que vivo um pesadelo. Alívio é arranjar dólares com turistas’. José e Marcela, Ariel e Julia, Paco e Adelaida, entre tantos com quem falamos,pedem tudo: sabão, roupas, livros, dinheiro, papel higiênico, absorventes.
Como não podem entrar sozinhos nos hotéis de luxo que dominam Havana, quando convidados por turistas, não perdem tempo: enchem os bolsos de envelopes de açúcar. O sistema de livreta, pelo qual os cubanos recebem do governo uma espécie de cesta básica, garante comida para uma semana. Depois, cada um que se vire. Carne é um produto impensável.
(…) Culpa do embargo norte-americano? Resultado da queda do Leste Europeu? José não vacila: ‘se Cuba é uma ditadura, isso nada tem a ver com o bloqueio’. Cuba tem quatro classes sociais: os altos funcionários do Estado, confortavelmente instalados em Miramar; os militares e os policiais; os empregados de hotel (que recebem gorjetas em dólar); e o povo. ‘Para ter um emprego num hotel é preciso ser filho de papai, ser protegido de um grande, ter influência’, explica Ricardo, engenheiro que virou mecânico e gostaria de ser mensageiro nos hotéis luxuosos de redes internacionais.
(…) Pergunto por que não se rebelam, não protestam, não matam Fidel? Explicam que foram educados para o medo, vivem num Estado totalitário, não têm um líder de oposição e não saberiam atacar com pedras, à moda palestina. Prometem, no embalo das piadas, substituir todas as fotos de Che Guevara espalhadas pela ilha por uma minha se eu assassinar Fidel para eles.
(…) Resumem: ‘Cuba é uma ditadura’. Peço demonstrações: ‘Aqui não existem eleições. A democracia participativa, direta, popular, é um fachada para a manipulação. Não temos campanhas eleitorais, só temos um partido, um jornal, dois canais de televisão, de propaganda, e, se fizéssemos um discurso em praça pública para criticar o governo, seríamos presos na hora’.
(…) O partido indica o candidato a delegado de um distrito; cabe aos moradores do lugar confirmá-lo; a partir daí, o povo não interfere em mais nada. Os delegados confirmam os deputados; estes, o Conselho de Estado; que consagra Fidel’.Mas e a educação e a saúde para todos? Ariel explica: ‘Temos alfabetização e profissionalização para todos, não educação. Somos formados para ler a versão oficial, não para a liberdade.
A educação só existe para a consciência crítica, à qual não temos direito. O sistema de saúde é bom e garante que vivamos mais tempo para a submissão’. José mostra-me as prostitutas, dá os preços e diz que ninguém as condena:’Estão ajudando as famílias a sobreviver’. Por uma de 15 anos, estudante e bonita, 80 dólares. Quatro velhas negras olham uma televisão em preto e branco, cuja imagem não se fixa. Tentam ver ‘Força de um Desejo’. Uma delas justifica: ‘Só temos a macumba (santería) e as novelas como alento. Fidel já nos tirou tudo.Tomara que nos deixe as novelas brasileiras’…’
“…Como acreditar que nossos políticos são péssimos, mas os eleitores são ótimos?
Preconceito, elitismo, raiva do povo, negação da democracia, coisa de direita etc. — escolha qualquer uma dessas expressões para condenar a afirmação apresentada acima, como fazem nossos mais distintos pensadores, e, a partir daí, deixe-se enganar à vontade. Se é errado dizer que o brasileiro vota mal, por que os deputados e senadores do Brasil, para não falar do resto da tropa, são tão ruins assim? De quem é a culpa pela entrega dos cargos públicos ao que a sociedade tem de pior? A culpa é dos eleitores brasileiros, é claro — ou seria dos eleitores mexicanos? Não há, muito simplesmente, como fugir dessa realidade. A verdade é que o tempo passa e o desempenho da população brasileira na escolha de seus governantes continua sendo definido com perfeição em duas frases que causaram grande escândalo na época em que foram ditas — e que não querem ir embora.
A primeira é de Pelé, de quarenta anos atrás, e se mostra cada vez mais certeira. “O brasileiro não sabe votar”, disse Pelé. Na ocasião, e por muito tempo depois de sua declaração, ele foi considerado um monstro por nossa elite pensante — boçal, ignorante, fascista, serviçal da ditadura militar, inimigo do povo e mais um monte de coisas. Foi intimado a calar a boca, contentar-se com seu lugar de jogador de futebol e não se meter em conversas de que não entendia. A segunda frase, dita há 25 anos, é do ex-presidente Lula. “Há uma maioria de 300 picaretas no Congresso”, afirmou ele. Lula, sendo Lula, não foi fuzilado como Pelé; fizeram até música em homenagem à sua tirada. Houve apenas um silêncio envergonhado entre as massas intelectuais que o admiram e que até hoje evitam tocar no assunto. Mas o que realmente interessa, nos dois casos, é o seguinte: quem está disposto a dizer em público, hoje em dia, que o brasileiro sabe votar muito bem, ou que o Congresso Nacional é um lugar de gente séria? Lula, por sinal, só errou na conta: em vez de dizer “300” deveria ter dito 500.
O eleitorado brasileiro é esse, e não dá para trocá-lo por outro. O máximo que se pode fazer é reduzir suas possibilidades de decidir errado — e isso poderia ser conseguido com uma reforma nas leis eleitorais que os políticos se recusam a aprovar. O resto é hipocrisia. Como acreditar que nossos políticos são péssimos, mas os eleitores brasileiros são ótimos? É um almoço grátis moral. O Brasil de hoje é especialista nisso.”
Publicado em VEJA de 16 de agosto de 2017, edição nº 2543
A primeira capa é de junho/07; a segunda, de maio/17… E eu leio Veja desde 77… E adoro!
Durante todos esses anos, só tive uma sensação: não gosta de Veja quem não gosta de valores (conceitos, princípios…) como democracia (a permissão legal para o choque – de interesses- permissão esta que só rolou no danado do capitalismo); economia de mercado (que, com educação pública capaz de gerar gente exigente consigo mesma, pôde tornar ricos países como Coreia do Sul e China, em menos de 50 anos); Estado detetizado e submetido a Lei (que também só rolou no capitalismo); liberdade de crítica e expressão (que…)… Eu gosto. E você, leitor?
Por que “melhor”, leitor? Ora, por que quanto maior o nível educacional do cidadão, mais bem remunerados e exigentes se tornam ELE e a SOCIEDADE… E, portanto, melhor até para a empresa capitalista que, como Veja/Abril, depende de consumidores… Concorda?
Essa foi a matéria de capa de 16 de agosto. Que mídia“conservadora, familiar e golpista”, em leitor? Sim, sem dúvida, trata-se de uma publicação de “direita”: como você e eu, ela faz o que pode por um Brasil parecido com uma Alemanha, um EUA, uma Inglaterra, uma Coreia do Sul, um Chile… Ela sabe que problemas sempre houve e sempre haverá (veja A RIQUEZA E A POBREZA DAS NAÇÕES), já que para o Homem, um bicho que procura a felicidade… (realização do desejo)…, tudo é possível (veja MINISTRA ELIANA CALMON E AS RAZÕES DO ILUMINISMO, O DILEMA DE TEREZA CRISTINA …). E quando esse Homem é brasileiro, então…
Ela sabe, também, que, quando a antiga URSS acabou, havia lá os seus bilionários… (veja STALIN, MAO, FIDEL (e ERENICE)). De onde eles sugiram? Como ganharam dinheiro?
O “avançar” a que o psicólogo e estudante de Direito Marcus Vinícius acima se refere, leitor, ainda é a DESTRUIÇÃO DA OBRA jamais terminada:
Fonte: 1889: COMO UM IMPERADOR CANSADO, UM MARECHAL VAIDOSO E UM PROFESSOR INJUSTIÇADO CONTRIBUÍRAM PARA O FIM DA MONARQUIA E A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA NO BRASIL [Laurentino Gomes, 1ª ed. – SP: Globo, 2013, fls. 65 e 82]. Veja mais Laurentino em MULTIUSO 24.
Mas, para onde pode ir um país que, por um lado, paga “auxílio moradia” aos cargos mais bem pagos da República (que, sem cerimônia nem contestação, os recebe até acima do “teto constitucional“) e, por outro, condecora com o título de “doutor honoris causa” (que quereria dizer: “por causa da honra”!) até gente judicialmente condenada por lavagem de dinheiro e corrupção? Que país é esse, meu deus!! Da natureza tudo recebeu, restando apenas a sua parte, como, em outras palavras, admoestou a sua antiga Itália, Maquiavel…
Tá vendo por que eu gosto dessa danada e por que ela está entre as maiores do mundo, leitor? Ainda bem que a encontrei já na RUF (1977), né? Fiel aos fatos e sem bandido de estimação, ela trata a todos igualmente, como as capas da era-FHC e os especialíssimos trechos da véspera da eleição de Lula (22maio2002, edição 1752), abaixo, provam:
“patrimônio moral inatacável“… “Honesto e decente“!
Por que, então, o ódio de quem talvez nem a leia, leitor? Sugestão: cadastre-se em https://acervo.veja.abril.com.br, acesse todas as edições (da primeira à última) da revista e tire as suas conclusões. Antes, porém, observe essa infelizmente curta conversa recente entre este leitor (e editor) e a conhecida Jornalista, Profa. e Dra. Malu Fontes (Faculdade de Comunicação da UFBA/Rádio Metrópole), pelo Facebook:
ainda nos anos 70, o próprio PC Chinês achou que tinha boca demais para alimentar e chamou de volta o danado do capitalismo… Que escolhas temos mesmo? A Coreia do Norte ou a do Sul? O Chile (que, nem sob Michelle Bachelet, quis papo com o tal do “bolivariansmo”) ou a Venezuela Chavista?
Qual é mesmo o “problema” de Veja (e de quase toda a grande imprensa), amigo leitor? Seria a vergonha na cara que ela sempre cobrou?
Nietzsche, Friedrich Wilhem; ALÉM DO BEM E DO MAL, Hemus Editora limitada, SP/SP, Trad. Márcio Pugliesi (USP), fl. 20 (sobre OS PRECONCEITOS DOS FILÓSOFOS)
……………….O QUE A VEJA TEM QUE ELES NÃO GOSTAM?
“Eles”, quem, leitor? As oligarquias, o setor público, a “academia” e as “esquerdas” (sindicatos, inclusive), que nem sempre você vê indignados com os vícios brasileiros. Lembremos, aliás, que, acossado pelos números, ainda no poder o PT não só fez reforma na previdência, como defendeu a que está por vir e se mexeu por mais controle dos gastos públicos…:
Mas, se defendidas por Veja (como ela sempre fez, exatamente por querer Estado enxuto, eficiente e de custo compatível com a nossa economia), essas medidas viram, na hora, “neoliberais”…
Com a exceção da que trata da “ARMA SECRETA DA CHINA”, as capas até aqui mostradas vieram de Sarney à posse de Lula, estando todas em pelo menos um dos posts acima. São, aliás, bem “antipetistas“, né, leitor? Ave, e essas dos saudosos anos 80/90?:
Notou que o então deputado anticapitalistaDirceu também já gostou dessa danada, leitor? Sem ele, não teria sido possível a capa abaixo (veja mais em TROPA DE ELITE: REINALDO, PADILHA E ANINHA):
Seria mesmo essa revista um “lixo”? Note, aliás, que, contra o então filhote da ditadura que se elegeu governador das Alagoas com o apoio do PCdoB, ela foi atrás e entregou:
Já contra o operário- ex-retirante nordestino-que nunca soube de nada…, ela apenas perguntou:
Quanto antipetismo, hein?
Surpreenda-se ainda mais em DESCANSANDO e ARQUITETOS DO PODER e com essas outras capinhas (de 1993, 2004, 2014, 2015 e 2017, nesta ordem), leitor:
Já na igualmente antiVeja CAROS AMIGOS, aquilo que seria um escândalo em qualquer parte minimamente razoável (sujeita a regras com fins públicos; veja CONSELHO DE ÉTICA) do mundo, a “filósofa” Marilena Chauí estampou que a “CRISE (do mensalão) ERA PRODUTO DA MÍDIA”… Você imagina o que ela (e toda a “esquerda”) diriam e fariam se aquela galera do mal fosse outra, leitor? Ave!! E o que declamariam se o PLANO REAL (o fim da inflação e, portanto, da perda de renda do trabalhador e a organização da economia e do Estado brasileiros que os dois governos/Lula respeitaram) fosse obra do PT, e Mensalão e Petrolão, do PSDB?
Não precisa imaginar, leitor. As capas da “conservadora” Veja e da “progressista” Carta Capital, abaixo (após as primeiras ordens de prisão para os “…guerreiros, heróis do povo brasileiro…” dizem tudo:
Precisa desenhar mais? Não, né? Veja mais em NO TEMPO DO “PIG” (“PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA”), onde um editorial (da danada da Abril) parece crer que um órgão de imprensa tem o dever de conectar o seu leitor com o mundo (inclusive o Estado) e fomentar a cidadania… Que loucura, hein?
Que tal mais essas capinhas (dos anos 1992, 1993, 1996, 2002, 2016 e 2017)?:
Tá demonstrado que, em democracia, a imprensa que disputaleitor,credibilidade e a publicidadeque lhe garante lucro e independência tende ao FATO (a sua mercadoria), leitor? Poder-se-ia afirmar, aliás, que a antiga “IMPRENSA ALTERNATIVA” (Movimento, Em Tempo, O Trabalho, O inimigo do Rei…) saiu de cena (junto com os militares), exatamente porque, se não impedida, a tal “mídia conservadora, familiar e golpista” tudo publica? Já a “progressista, não-familiar e não-golpista”, que, entre nós, ficou mais conhecida como “blogs sujos“ [veja NO TEMPO DO “PIG” (“PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA”), EM FAMÍLIA II, ÊTA MUNDO BOM! (DIRCEU, A BIOGRAFIA – parte 4), ÊTA MUNDO BOM: DIRCEU, A BIOGRAFIA – parte 5! …]…
Qual é mesmo o legado da “esquerda” para as sociedades que “administrou”, inclusive quanto ao direito à crítica, leitor? Teria sido democracia, transparência, redes “sociais”, etc, ou ditadura, panfleto, slogan e bordão?
Vamos a mais um capítulo do que, de fato, interessa?:
Seria mesmo tudo “mentira”, leitor? Sigamos:
…ao escaritório de Roberto Teixeira, advogado de Lula, e fornecer a ele as informações …
…sarial de seu filho caçula, Luiz Claúdio Lula da Silva…
E essa galera falava em “vazamentos seletivos“, lembra? Que galera!
Que edição (01fev17), leitor. Divertidíssima! Tem uns trechinhos [AINTERFERÊNCIA CLANDESTINA (do “Brama”, do PT e das empreiteiras do petrolão) NA ELEIÇÃO CHILENA;O DINHEIRO SUJO NA CAMPANHA DA COLÔMBIA; O ACERTO (de Duda Mendonça) DE 15 MILHÕES COM A ODEBRECHT], etc, etc, etc que são uma maravilha. Que viagem! E a matéria de capa? A era petista realmente distribuiu muita renda …
Não parece boa a viagem, leitor? Foram 13 anos inesquecíveis:
Mas..
Em texto primoroso, uma história fantástica:
2004, o começo de uma era que tirou milhões da miséria:
O QUE É IDEOLOGIA, né!? Agora, a culpa é da pobre da “mídia conservadora, familiar e golpista“, em especial da Veja… Mas, culpa de quê, meu deus? O sucesso do camarada Eike,
…………..O DEVER DE INSULTAR (Cartas de um Terráqueo ao Planeta Brasil)
Sorvi esse DEVER DE INSULTAR [Olavo de Carvalho, Campinas, SP: Vide Editorial, vol. VI, 2016] de 04 ou 05 goles. É forte. Já o título me cutucou e, ao primeiro olhar, logo me lembrei da apresentação de O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA NÃO SER UM IDIOTA , outro clássico do autor: “…Olavo não é para frouxo…”! E não é mesmo. Como Monteiro Lobato, Boechat,Reinaldo Azevedo, Marco Antônio Villa, Noblat, Luiz Felipe Pondé e outros com aquilo comprovadamente roxo, ele sabe que um país se faz com homens, livros e dever de insultar.
“INSULTAR”? Sim: puxar a espada de valores e agredir os canalhas. Afinal, pra que serve conceito ou princípio capaz de melhorar o indivíduo ou a sociedade (valor), senão para, somado a argumento, insultar a vigarice, a bandidagem, o oportunismo, a improbidade (ideológica, inclusive), o corporativismo, a imoralidade ou – termo dele – a mídia cúmplice? Na fl. 70, ele diz: “…no prazo de uma geração, os mais altos conhecimentos, as mais ricas e delicadas funções da inteligência, os valores mais essenciais da racionalidade, da moral e das artes cedem lugar à repetição maquinal dos slogans e chavões carregados de ódios insensatos e apelos chantagistas...”
Coletânea de artigos escritos em 2010, O DEVER DE INSULTAR foca a vida real brasileira: política “profissional” [“… cargos públicos e benefícios pessoais…, fl.11]; ideologia [“… discurso que expressa (ou esconde) uma vontade política; foro de São Paulo
Trata de um bocado de coisa contra as quais “… OS FATOS NADA PODEM…”
EXEMPLO 1:
Isto durante o céu de popularidade em que vivia a “viva alma mais honesta do país“, antes de virar a “jararaca” desentocada pela LAVAJATO. Segue a fl. 96:
Sabe por que esse “…mesmo e sobretudo entre aqueles que têm tudo a perder com a vitória delas…” (as ideologias revolucionárias), leitor? Porque é comum os “revolucionários de esquerda” amedrontarem, com os seus megafones, panfletos e slogans, os seus adversários não militarizados.
A esse temor, o autor chama de “espiral do silêncio“: “…trata-se de atacar a honra do infeliz (…) por tantos meios de comunicação diversos (…) de tal modo que ele [o infeliz], sentindo a inviabilidade de um debate limpo, acabe preferindo recolher-se ao silêncio…” (fl.233).
Só lembrando que todos os textos são de 2010, viu, leitor? E, portanto, anteriores ao conhecimento do PETROLÃO e outros ãos.
“Campanha pela Ética na Política“? O engraçado é que, num papo recente de uatsap, me deparei (o correto seria deparei-me, né, leitor?) com um engalanado jornalista de pelo menos 60 anos que pareceu não saber desse tal “partido da ética”…
presidente. Hoje em dia [relembrando: 2010], seis testemunhas mortas no caso Celso Daniel não abalam em nada a reputação de governantes ungidos pelo dom da inatacabilidade intrínseca …” (fl.238)
os medalhões de cabeça oca e louvava os pobres estudiosos, ela convenceu o país inteiro de que a coisa mais linda, mais louvável, mais meritória, é subir na vida permanecendo analfabeto…” (fl.240).
Por mim, ele poderia continuar analfa (o que ele, há muito com dinheiro e poder, não é mais). Só precisaria ser honesto, a quem cabe o sublime dever de insultar.
Obrigado a: Grace, Eneida, Carla, Carlos, Ana e Luciene pelas imagens postadas no Facebook; a “escultura” da Deca devo a uma Veja antiga; o muro de livro, o Mike Chegger, a recente super-lua, a artista negra norte-americana que pousou nua em áreas de NY antes dedicadas ao tráfico negreiro e o outdoor da modelo (brasileira) Adriana Lima devo a toda grande mídia “familiar, conservadora e golpista“; Já as ex-botas e as duas chocantes imagens envolvendo mar, pedra ou sol devo ao planeta net.
…De tudo o que há no mundo … tem na feira de Caruaru… (Onildo Almeida/Luiz Gonzaga)
ÁRVORES DE NATAL
Bambuzal, Parque da Cidade, Salvador/Ba (foto do editor)
FELIZ QUINTANA e PRÓSPERO NOVO
“…as únicas coisas eternas são as nuvens…”
“…Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino… acreditai!…
Que envelheceu, um dia, de repente!…”
“…E sem nenhuma lembrança Das outras vezes perdidas, Atiro a rosa do sonho Nas tuas mãos distraídas…”
(EPÍGRAFE e CANÇÃO DO DIA DO SEMPRE)
Fontes: Mário Quintana [Poesias, Rio de Janeiro, Ed. Globo, 1983, fls. 08, 45 e 60]; o inesquecível comercial natalino do Banco Nacional e MARCAS DO QUE SE FOI (Os Incríveis), que a Rede Globo, há décadas, felizmente utilizou. E estamos precisados, né?
Peguei esse filme já andando [ no Canal Brasil (55, na SKY)] e, assim que terminou, assisti tudo, de novo, no computador. Um meninozinho que, se pudesse, a gente puxava da tela pra dentro de casa, como filho, e um sofrido pai cujo coração vive num passado feliz e distante dão rumo à história. Ambos carregam duas dores imensas, no coração! O menino não tem mãe e está à procura do pai; o pai, um caminhoneiro baiano, tem uma filhinha que não tem mãe. E por que não tem?
O filme rola pela juventude do interior da Bahia dos anos 70, e o som no toca-fita do carro (daqueles de tirar e carregar na mão, lembra?) é o mais tocante Roberto (Carlos)! Que grande viagem! E tudo isso regado a um bom para-choque de caminhão, viu?
Belo filme de Breno Silveira, o diretor de 02 Filhos de Francisco. É só clicar:
… No caso de Fagner, um já bem-sucedido filho de construtor de imóveis que curtia a vida, desde os tempos de Fortaleza. Na matéria (de 09jan1980), Veja foca a então explosiva carreira de Fagner e sua sentida interpretação bordada com voz de aço:
“O aço dos meus olhos / E o fel das minhas palavras /Acalmaram meu silêncio / Mas deixaram suas marcas… / Se hoje sou deserto / É que eu não sabia / Que as flores com o tempo / Perdem a força / E a ventania / Vem mais forte… / Hoje só acredito / No pulsar das minhas veias / E aquela luz que havia / Em cada ponto de partida / Há muito me deixou / Há muito me deixou…“
Sim, leitor, tudo era proibido. Até Éricas (veja DAS FLORES E DOS FRUTOS), Formigas, Martas…! Pode até ser que a roubalheira generalizada fosse parecida com a de hoje, afinal, esse é o país do, digamos, futebol, né? Mas, sob generais (independente da cor do quepe…), não há Lavajatos nem imprensa “burguesa” possíveis. A não ser contra os “inimigos”, claro. Portanto, se os nossos políticos não prestam, melhor obrigá-los a voar pela Lamia e eleger outros.
Sabe até quando fomos privados de Éricas, Formigas e Martas? 1980! A própria CBF tinha interesse em liberar (segundo a Veja), mas os generais…
Lembra que, quando o foco da notícia era o crime organizado pelo PT (que enriqueceu ou multiplicou a riqueza de uma “zelite“), a imprensa virou uma “mídia conservadora, familiar e golpista”, leitor? A mesma imprensa, aliás, de que ele se serviu para chegar ao PODER, lembra? Pois, é. Veja isto:
Acha que temos muitas velhinhas de Taubaté atualmente?
A velhinha de Taubaté foi um comentário naquele momento do (governo do general) Figueiredo (1979-1985), o fim dos governos militares. Então, ela tinha essa função de criticar a falta de credibilidade do governo através de uma ficção, de uma figura inventada. E hoje eu não sei o que a velhinha de Taubaté diria dessa situação toda, acho que ela acreditaria em todo mundo, inclusive no Temer. E estamos cheios de velhinhas de Taubaté por aí.
O senhor é uma?
Penso que não, talvez eu tenha sido no começo do governo Lula. Eu acreditava que haveria mesmo uma mudança na política brasileira. Mas acho que hoje não sou mais, não.
Decepcionou-se com Lula? Acho que sim, com o PT em geral. Embora entenda que o governo Lula, principalmente o primeiro mandato, foi muito importante em termos de inclusão social. Mas posso me caracterizar agora como um esquerdista desiludido.
“…AbacaxI e giló — Afeita a uma gafe, Dilma ontem não fugiu à regra. Ao lembrar as obras por ela realizadas na Bahia, disparou:
— O complexo de viadutos da Rótula do Abacaxi, que já foi jiló!… Não, não, não. Já foi quiabo. Wagner me disse que foi quiabo. Eu confundi os vegetais.
Interessante, né, leitor? Não lembrou Rubem Alves?:
“…A honestidade dos estúpidos é mil vezes mais perigosa que a mentira dos inteligentes. É da honestidade dos estúpidos que surgem os fanáticos. Os fanáticos são pessoas honestas que acreditam nos seus pensamentos e nada os dissuade do seu caminho. E porque acreditam na verdade dos seus pensamentos tudo fazem para destruir aqueles que têm ideias diferentes…”
Do livro OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA[S. Paulo, Editora Planeta do Brasil, 6ª impressão, 2008, 159. Na coluna de frases, à direita do blog, tem outra boa dele, viu?). Ah, sim, lembrar que o grande autor só se referiu aos honestos! Não tem nada a ver com aquele (ou aqueles) bandido(s)!
Otra cosita: se você gosta de votar, opinar, comprar (e não de pedir); se você gosta de voto direto e secreto, de liberdade de crítica e expressão, de ir e vir e de ir ao judiciário contra qualquer um (inclusive o Estado)… Ó, psiu: você não é “de esquerda” não, viu? Não por que reza escondido que passa a ser ateu! Agora, se as instituições do seu país NÃO prestam… Por que será que eleas não prestam? De uma coisa não tenha dúvida: a bandidagem “de esquerda” deixou muito pior o que encontrou!…
NADA É TUDO, né? Pela 2a vez, vi uma longa matéria com entrevistas diretamente das ruas de Havana. Gostei da formação das pessoas. No Brasil, não passaria de “…Pô, véi…” ou de bordões. Mas, dois senhores me impressionaram muito: um tinha uns 60 ou mais. Os seus sapatos davam dó de tão velhos, furados e costurados (todos são iguais, mesmo?). Ele pediu um aos jornalistas, informando que, em Cuba, um par custaria uns … (perguntou ao redor)… $U70. Uma grana, sobretudo em Cuba!
Me perguntei: como um “socialismo” com quase 60 anos de idade (SEM SER EXPLORADO POR IMPERIALISMO NENHUM E QUE EXISTE SÓ PARA FORNECER BENS E SERVIÇOS A SEU POVO) não consegue dar um par de sapato a um filho seu? No Brasil, que tá longe de prestar, acabei de comprar um Nike baratinho, pela net, em suaves prestações… Cuba precisa, urgente, de uma black friday…
Como DIRCEU, A BIOGRAFIA – do movimento estudantil a Cuba. Daguerrilha à clandestinidade. Do PT ao poder. Do palácio ao mensalão (Otávio Cabral- Rio de Janeiro: Record, 2013), o rápido e caceteiro 1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo pra dar errado [Laurentino Gomes; RJ: Nova Fronteira, 2010] é obra de grande jornalista. E, portanto, uma ótima narrativa feita de bom humor, pesquisa e fatos. “Depois de ler este livro, finalmente consegui entender o Brasil“, disse na contracapa uma estudante de Porto Alegre/RS… Pra mim, também, não foi difícil (fl. 70):
Esta informação consta também da fl. 160 de CIPRIANO BARATA NA SENTINELA DA LIBERDADE [Marco Morel; Salvador: Academia de Letras da Bahia/Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, 2001]
Nas fls. 83/85, FHC volta à volta dos exilados (1979) e diz que era tão engajado na política que nem sabia onde ficava a sede do MDB. Como se tornou candidato? Os “de currículo e experiência ainda jaziam sob o tacão do AI-5″ (fl.83)… E, uma vez candidato (me lembro de Elis Regina fazendo campanha pra ele), recebeu o apoio da nata da cultura e dos “progressistas” da época. Chico Buarque se baseou em “…acorda maria Bonita / acorda, vem fazer café …” e criou: “…a gente não quer mais cacique / a gente não quer mais feitor / a gente agora está no pique / Fernando Henrique pra senador…”
Bacana, né, leitor? Aí, o sociólogo e fundador do PT Francisco de Oliveira levou ao candidato o desejo de um certo líder sindical de S. Bernardo: ele queria apoiar a campanha (fls. 83/84). Em visita, FHC diz ter se espantado com o porte, o movimento e a máquina do sindicato. Por que Lula quis apoiá-lo (um candidato de “punhos de renda“)? “…Porque você não faz como os outros, que vivem dando lições ao trabalhador, dizendo o que eles devem fazer, nem se diz senador dos trabalhadores…”, segundo a fl.85. O sociólogo, que já havia conhecido o metalúrgico em 1973, sentiu uma certa “despolitização” do líder sindical , que (segundo a fl. 85), chamava as “esquerdas” de “politiqueiros“…
Sim, leitor: o desenvolvimento e bem-estar de um povo só depende do …pulsar das suas veias… O resto é IDEOLOGIA (discurso em busca de aliado, resultado e justificativa).
comandante Fidel Castro. Quando muito jovem acompanhava as marchas dele, do Che, do Camilo [Sienfuegos, um dos líderes da Revolução Cubana], pela Sierra Maestra. Eu nunca imaginei que estaria aqui um dia, na presença dele, homenageando o cargo que eu assumi.
Eu agradeço muito ao presidente Fidel e quero dizer, que o simbolismo de sua presença aqui é menos o simbolismo de um homem que construiu o socialismo, do que a presença de um homem que nos ensina que a vontade pode fazer a história caminhar.
E essa é a nossa tarefa no Ministério da Educação. Fazer a Educação caminhar sejam quais forem suas limitações financeiras, as dificuldades legais, os impedimentos de todos os tipos. Nós temos que seguir o exemplo daqueles companheiros de Sierra Maestra (…)
…Mas agora quero fazer referência, com todo respeito às anteriores, ao mais importante: ao analfabeto brasileiro. Quero fazer uma referência aos 20 milhões de brasileiros, que não temos o direito de daqui a quatro anos, termos ainda iletrados. É o desafio que eu assumo aqui (…)
Eu cheguei onde eu gostaria na minha vida. Por isso hoje, eu não penso, em absoluto, em ter uma disputa eleitoral no futuro. A minha disputa agora é com história. E com a história para cumprir esse compromisso de termos nesse país, abolido o analfabetismo (…)
O programa do PT promete que no dia que a criança fizer quatro anos, a mãe e o pai podem pegá-la pela mão e levá-la que haverá uma cadeira para ela em alguma escola desse Brasil (…) No Estado, em que o governador quiser, ele entrando com parte dos recursos, nós vamos construir a escola que o Brasil deve aos seus filhos há 500 anos.Esse é o compromisso desse governo, é o compromisso que nós vamos cumprir (…) E aos poucos vamos fazer com que isso chegue em todas as cidades e a cada brasileiro…”