09maio. ABRE O OLHO, BRASIL!
Veja o que, segundo a mal falada Veja, se disse pelo mundo sobre o importante julgamento do famoso MENSALÃO:
07maio.OS PORFISSIONAIS E OS AMADORES II
Lembra dele, leitor? Ele já foi assim:
Mas, a vida… A vida é como é, né? E é maldosa:
É como se a ótima ficção de Isabel Allende (veja frase ao lado) fosse verdade! Não, não é! É como se ÉTICA NÃO FOSSE IDEOLOGIA, meu deus! Veja-se:
E onde poderia ter saído isso? Ora, na Veja (2319, 1º maio), que chia contra censura, “controle social da mídia“, PEC isso, PEC aquilo, etc.
Mas, como proteger a honra alheia e os bons costumes, desse tipo de ataque, meu deus?:
Justiça! Multa! Abaixo a Direita!
……………OS PROFISSIONAIS E OS AMADORES… UM POUCO DE MEMÓRIA DE QUANTO O PT ERA OPOSIÇÃO
Eu lembro desse tempo. E não era só aquele PT que adorava a IMPRENSA e o MINISTÉRIO PÚBLICO, não. O PCdoB, por exemplo, que, se pudesse, ELIMINARIA GERAL (veja GRILAGEM x APAGÃO MORAL), também tava sempre lá. Você sabe quando é que eles odeiam a imprensa, né, leitor?
Por falar em Ministério Público, aliás, veja-se o que o ex-presidente do STF, Ayres Brito, e demais convidados disseram (último PAINEL/Glogo News – Equilíbrio de poderes da República: Quem dá a palavra final …), sobre a PEC que pretende impedir Promotores e Procuradores de fazer investigação criminal
Foi um show. O poeta e ex-ministro autor da frase “JULGAR É SENTIR” estava inspirado (veja, também, A POESIA E A TOGA). Já pensou se a tal PEC corre na época de FHC, leitor??
Bem, o texto abaixo é do ótimo Reinaldo Azevedo. Precisa dizer mais? Não. Apenas que repare no grifo (vermelho). Fui.
“Eles são profissionais, isso é inegável. E seus adversários, sem um Plano Real como eleitor, são bisonhamente amadores. A quem estou me referindo? Respectivamente, ao PT e ao PSDB. Por que isso? Vou lhes contar como eram as coisas.
Bastava o pronunciamento oficial de qualquer um desses presidentes (Collor já não contava porque não mais se pronunciava, apenas estalava os olhos), e o telefone não demorava muito a tocar. Era alguém da direção do PT avisando que o partido tinha em mãos dados que demonstravam que o que o presidente acabara de falar era “menas” verdade. Em breve, diziam, o partido emitiria uma nota etc. e tal. E, sim, lá vinha uma nota com contestações políticas e técnicas.
Vira notícia quem se faz notícia. Se um presidente da República faz um pronunciamento oficial e se o principal partido de oposição contesta o que foi dito, a obrigação do jornalismo é noticiar.
Muito bem! Dilma ocupou alguns bons minutos na TV, em rede nacional, no 1º de Maio. Para não variar, não se tratou de um “pronunciamento à nação”, mas do mais descarado palanquismo, a exemplo do que já fizera com o anúncio da energia mais barata.
Não! Eu não esperava encontrar alguma contestação já no dia seguinte porque tucanos não são aves notórias pela agilidade no voo. Ao contrário até, né? É pássaro garboso, mas meio pesadão. Quem sabe, então, nesta sexta… Mas quê… Nada! Nadica! Parece que ninguém teve a ideia de pegar a íntegra, submeter aos “universitários” do partido com uma ordem: “Desmontem isso aí…”. Ainda que Dilma só tivesse falado verdades factuais, na disputa pelo poder, há as verdades políticas. “Uma verdade política é uma verdade factualmente mentirosa, Reinaldo?” Claro que não! Uma verdade política é aquela que ficou escondida sob o dado eventualmente virtuoso que foi adrede selecionado.
Nada! Zero! Silêncio sepulcral!
Em vez disso, o que entra no ar no dia seguinte, nesta quinta? O horário político do PT, com Dilma e Lula repetindo, agora em linguagem escancaradamente publicitária, os mesmos dados que a presidente desfilou em horário nobre no dia anterior, num feriado que caiu numa quarta-feira gorda — com um bom ibope, portanto.
Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, ao menos encontrou o seu “é possível fazer mais”. Dispensa-se de ter de evidenciar essa ou aquela mistificações e ainda pode apontar: “E isso ainda é muito pouco!”. O PSDB, até agora, é uma gaveta à espera de um conteúdo!
Para não dizer que a coisa passou em brancas nuvens, o senador Aécio Neves (MG), futuro presidente do partido e provável candidato da legenda à Presidência, acabou caindo numa espécie de armadilha e se disse contra a indexação dos salários. Tinha de ser contra, claro! Mas, no Dia do Trabalho, ser levado a fazer esse discurso não chega a ser um exercício nem de sorte nem de esperteza.
Então é isto: Dilma vai ao ar na quarta, diz o que bem entende, e não se lê uma vírgula questionando seus supostos sucessos. Na quinta, aí como propagandista explícita, repete o discurso.
É difícil sair um coelho desse mato. E tucano, será que sai? Com essa agilidade, acabará havendo uma fuga em massa de tartarugas.
Por Reinaldo Azevedo
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