30jun. A VOZ QUE EMERGIU DAS RUAS
Como o ainda não sindicalista Lula, ele também não gostava de política, nem lhe entendia bem o significado. Mas, justamente por ser posterior Lula (e já ter votado nele), esse ex-camelô parece só acreditar em sociedade ativa e fiscalizadora. Isto é: capaz de si mesma. Isso lhe lembra alguma coisa, leitor? Dicas: PARTIDO DA CLEPTOMANIA DO BRASIL, DESVIO NO SINDJUFE É DE BEM MAIS DE MEIO MILHÃO! (indisponível no momento, em razão de liminar judicial), O CASO BANCOOP II, A ERA LULA- parte 1, NADA É TUDO, EM 2011, TODOS OS SONHOS SERÃO VERDADE?, O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? (indisponível no momento) POR QUE … DESISTIU? (indisponível no momento), O BLOCO DOS DESCARADOS, QUE PANCADA! VITÓRIA HISTÓRICA!, AMORAL DA HISTÓRIA, MINISTRA ELIANA CALMON E AS RAZÕES DO ILUMINISMO, O FESTIVAL DA CARNE: CARNAVAL, POR QUE O TJ DEVE REVER A DECISÃO …
Lembra de “…pouca gente da “esquerda” discursa contra a alma farrista (e formadora de patrimônio) do Estado Brasileiro. E menos ainda contra carrões!…” (O ZIGUE ZAGUE DOS NÚMEROS, indisponível no momento, por liminar judicial), leitor? E de
Pois, é. Continuemos:
Êta revista “reacionária” e “de direita“, né, leitor? Páginas 02 e 03 na íntegra (clique e leia):
…………………………………………………………………….………………….BRASIL NERVOSO
O título acima é, digamos, o artigo de fundo da Veja da semana, leitor… Que está ótima. De fato, uma edição histórica. Sinta só:
“SEM MEDO DO NOVO“? Por que não SEM MEDO DE SER FELIZ?
Logo após o editorial, a palavra de ordem do ex-sindicalista e atual ministro das comunicações, o petista Paulo Bernardo, nas páginas amarelas:
Sabe como é né? (veja EM DEFESA DE KLEBER SALAZAR)
E, depois…
Antes, porém, leitor, você precisa rir. Veja este vídeo (feito pela “Portas do Fundo):
Trata-se de uma “reunião de emergência” em Brasília, onde se ordena que a roubalheira tem de ser cortada em 20%. É puro humor, principalmente quando um dos presentes finca que “não é só pelos 20%, é pelo que representa moralmente”… E aquela pergunta do final: “…E quem vai contar ao…?!” , Meu deus, quanta maldade! Veja:
http://www.youtube.com/watch?v=__C90xZOmsQ&feature=c4-overview&list=UUEWHPFNilsT0IfQfutVzsag
Vamos para a rua?
Lembremos só que, no final de 2012, o homem de Lula na presidência, Gilberto Carvalho, também disse VAMOS PARA A RUA e convocou a militância do PT a defender o ex-presidente, o partido e o Projeto. Na época, ele disse: “o bicho vai pegar“. Clique no link e lembre:
http://www.youtube.com/watch?v=69ya7VGs-rY
E pegou. Tanto que, quando, oportunistas, algumas antigas bandeiras vermelhas saíram à rua (como se não fossem contra elas o movimento), saíram queimadas. E quem as queimou? Ativistas de outros partidos? Ou pessoas que, antes, as levantaram ou levantariam? Na edição anterior, a revista apresentou um perfil típico de classe média e classe média alta para os primeiros manifestos (alunos de colégios de alto padrão paulista), que é onde os movimentos sempre começam ou se projetam, né? Na atual, os dados são os seguintes:
Não são típicos de uma galera que se manifesta? Não era assim na época do “FORA COLLOR” (ver EM DEFESA DE JOSÉ DIRCEU!, OS PROFISSIONAIS E OS AMADORES… UM POUCO DE MEMÓRIA DE QUANTO O PT ERA OPOSIÇÃO…)? Por que não seriam na época do MENSALÃO e de outros certos números?
Alguma coisa já parece errada, né, leitor? No Jornal da Cultura (TVE), aliás, chega-se a dizer que o estádio do Corínthians (time do coração de Lula e, parece, do PCdoB) vai custar (ou já custou) ao erário umas R$450milhas… Não é à toa que no site http://www.vermelho.org.br/ (“a esquerda bem informada“) tem pelo menos 05 paginas sobre o Itaquerão…
E de onde vem o din-din?
Daí, também, o espanto com que se tratou o termo “classe média” em LULA E DILMA, 10 ANOS… E … “BRASIL NERVOSO“:
Fica cada dia mais difícil, sinceramente, confiar na palavra “popularidade”. O dicionário não ajuda; o que está escrito lá dentro não combina com o que se vê aqui fora. Os institutos de pesquisa ajudam ainda menos — seus números informam o contrário do que mostram os fatos. As teses do PT, enfim, não servem para nada. Garantem por exemplo, que a ladroagem, as mentiras e a incompetência sem limites do governo só afetam uma pequena minoria que lê a imprensa livre — a “direita”, os “inconformados” etc. Quando Dilma fica brava, como agora, fingem ignorar o que está na cara de todos: que a ira popular vem da acumulação dos desastres noticiados por essa mesmíssima imprensa. É simples. A presidente da Republica que continua sendo apresentada como a governante mais popular que o Brasil jamais teve, não pode colocar os pés num campo de futebol em Brasília. Ia fazer isso como previa o programa oficial no jogo de abertura da Copa das Confederações no dia 15 de junho. Desistiu ao ouvir a robusta vaia que o público lhe socou em cima logo ao aparecer no estádio — e teve de ficar trancada no cercadinho das autoridades, seu habitat protegido de sempre. Para não receber uma vaia ainda pior, também desistiu de fazer o discurso solene escrito para a ocasião. Pergunta: se a presidente Dilma Rousseff não pode aparecer nem falar em público, onde foi parar aquela popularidade toda?
O problema, no caso, é que se tratava de público de verdade — e não desses blocos que o PT monta para fazer o papel de povo, transporta em ônibus fretados com dinheiro público e premia com lanche grátis, em troca de palmas para a presidente. Dilma tentou chegar perto do povo brasileiro que existe na vida real: foi um fiasco, e ela terá de lidar agora com o pânico dos magos da “”comunicação” e “imagem” que fabricam diariamente a sua popularidade. Há alguma coisa muito errada nisso tudo. Para que servem todas as pesquisas de aprovação popular e a fortuna que o governo gasta em propaganda se a rua demonstra que não está aprovando nada, nem acreditando no que a publicidade oficial sobre o Brasil Carinhoso lhe conta? A primeira explicação do Palácio foi urna piada: as vaias foram dadas pela “classe média alta” que estava no estádio no dia do jogo inicial. Mas exatamente naquela mesma hora, do lado de fora, a polícia estava baixando o sarrafo numa multidão irada que protestava contra os gastos cada vez mais absurdos, a inépcia e a roubalheira frenética nas obras da Copa de 2014 — que o ex-presidente Lula, Dilma e o PT consideram a suprema criação de seus dez anos de governo. A essa altura, no mundo real, a casa já tinha caído.
O Brasil Carinhoso que existe nas fantasias do governo havia cedido lugar, desde a semana anterior ao Brasil nervoso que existe na realidade — nervoso, enraivecido, violento, destrutivo, irracional e exasperado contra tudo o que acontece de ruim no seu cotidiano. Sua revolta começou contra um aumento de 20 centavos nas passagens de ônibus de São Paulo, decidido pela estrela ascendente do PT o prefeito Fernando Haddad. Abriu espaço, como sempre, para marginais — gente que quebra tudo, incendeia e rouba TVs de tela plana de lojas saqueadas. Vazou rapidamente para outras trinta grandes cidades e continuou durante toda a semana passada, já envolvendo um universo de 250.000 pessoas, ou mais. E colocando à luz do sol uma revolta que ia muito além de protestos contra tarifas de transporte e atos criminais. Seu recado foi claro: o rei está nu. O povo está dizendo que este rei — o governo de farsa montado por Lula há mais de dez anos — rouba, mente, desperdiça, não trabalha, trapaceia, vai para a cama com empreiteiros de obras, entrega-se a escroques, cobra cada vez mais imposto e fornece serviços públicos que são um insulto ao país. Acha que pode comprar o povo com fornos de micro-ondas e outros badulaques de marquetagem. É covarde e hipócrita: depois de provar por A + B que o aumento das passagens era indispensável, a prefeitura paulistana, apavorada provou por A + B que não era, e cedeu a quem chamava de “baderneiros”. Dilma por sua vez, elogiou a todos, dos manifestantes à polícia, e correu para pedir instruções a Lula — mas não admitiu que seu governo tenha a mais remota culpa por qualquer das desgraças que levaram o povo às ruas. Espera que a revolta se desfaça sozinha como em geral acontece com movimentos que não têm objetivos claros, liderança e disciplina — e volte à sua sagrada popularidade. Pode ser mais difícil, desta vez.
Fonte: J. R. Guzzo, revista Veja, 26/06/12 (d. 2377)
Trata-se, como se viu, de um imprensa “burguesa”, “de direita” e “reacionária”, né, leitor? Ah, sim, a UNE (“União Nacional… de que mesmo?), que não participou dos movimentos recentes, esteve no senado apresentando reivindicações, viu? A “pauta” é quase a mesma das ruas (talvez até mais legítima, já que oriunda do próprio Estado). A informação é oficial, já que do site do PCdoB. Veja:
Combate à corrupção, reforma política, democratização dos meios de comunicação, recursos dos royalties do petróleo para a educação e passe livre para todos os alunos matriculados nas redes públicas e privadas de ensino foram as principais reivindicações apresentadas por estudantes ligados à UNE e à Ubes ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta quinta-feira (27), após manifestação em frente ao Congresso Nacional.
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=217244&id_secao=8
Qualquer dia desses, a velha e boa UNE lança a campanha VEM PRA RUA VOCÊ, TAMBÉM, VEM. Aguarde.
Veja, também: O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO…, PARABÉNS, VEJA, AMORAL DA HISTÓRIA, ARABÉNS, VEJA 2 , SALVADOR TEM JEITO: CARA DE PAU PRA PREFEITO!, “O BRASIL NÃO COMEÇOU COM O PT” (Jaques Wagner), O LEITOR É O VERDADEIRO PATRÃO?, UM ANO DEPOIS, “SAIMOS DO FACEBOOK”…