O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO…

18/06

…Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil
Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Ninguém segura a juventude do Brasil…

http://www.vagalume.com.br/os-incriveis/eu-te-amo-meu

Bati muito quichute em Sete de Setembro, dando loas ao país.  Que era um paísão da zorra, era!  Se ligava o rádio, tavam lá, no auge ou no começo, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Gal Costa, Luiz Gonzaga …  Pelé, Tostão, Rivelino …  Não tinha guerra, fome, terremoto, nada (“ilha de prosperidade“)! Uma vez ouvi falar que mataram o cabra mais perigoso do Brasil. Era um cara que ninguém via. Você olhava, ele tava ali. Olhava de novo, não tava mais. Até de costas  o bicho atirava e, com um espelho na mão durante os combates, estivesse onde estivesse, o adversário rolava.  Nome da fera: Lamarca

Ave,  e aquele “...você também é responsáaaavel...” ?

http://www.vagalume.com.br/dom-e-ravel/voce-tambem-e-responsavel.html

Boa viagem, Ravel.

17/06. Agradeço ao “um leitor” de Itabuna que me enviou um  pacote de antigos jornais Sindjufe. Obrigado, mesmo, amigo…

mais de um presentinho para os namorados em MULTIUSO8

…………………

 ENQUETE4

        ………………….O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO…

Viu o porquê de uma certa galera só gostar de imprensa única e a favor, leitor? Na verdade, A imprensa não existe, a não ser no sentido de conjuntoFolha de São Paulo, Estadão, Globo, A Classe Operária, etc, etc são as espécies  do gênero. É vária a imprensa, tanto quanto são vários os interesses, mesmo quando não declarados, como os que se bicavam (ou bicam) entre os socialistas. O importante é que, além de vário, o interesse seja legítimo e publicamente defensável, o que nem sempre é.  Legítimo e defensável, por exemplo, é que, havendo o fato e quem se interesse por ele (sociedade), ela (a imprensa) seja perigosa e até fatal. Perigosa para quem?

  • Para os fatos, quando acima deles estão a sociedade, o seu direito à informação e ao pensamento, que o Brasil vem tentando achar;
  • para os infratores, quando acima deles estão as regras do Estado de Direito e a Democracia;
  • ou para a própria informação, quando  acima dela estiver a má fé ou o interesse escuso.

 Note que há apenas menos de um mês, o jornal a Folha de São Paulohonrando a tradição que o vinculou ao movimento das Diretas Já desde o início; à leitura obrigatória que lhe fazia, pelo menos aos domingos, o mundo cult da esquerda dos anos 80; e à ira pessoal do então presidente Fernando Collor,  que o invadiu (com a PF) e o processou –  noticiou que o patrimônio do Chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, cresceu 20 vezes entre 2006 e 2010. Foi o bastante para a segunda queda do ministro. Por quê? Porque, embora dispondo de todos os meios, mais uma vez ele não pôde se explicar. E não podendo eliminar ou apagar (veja ANO ZERO, DIA ZERO, GRILAGEM x APAGÃO MORAL e EM DEFESA DA ÉTICA E DA LIBERDADE, INCLUSIVE DE EXPRESSÃO), nem modificar a seu favor as regras de publicação do país (veja A PULGA, O BURRO e AS NORMAS (edição especial) e  O SHOW LULA (texto) e O PROBLEMA DE FRANCISCO), só lhe coube cair. É assim nas democracias, não sendo outra a razão pela qual ela é sempre incômoda (dê uma olhadinha em A ERA LULA- parte 1). Democracia você sabe, né leitor? De qualquer forma, não custa lembrar da sempre inquieta Marilena Chauí:

 “… o que distingue a democracia? … em primeiro lugar: a defesa da liberdade de pensamento e expressão , isto é, a defesa do direito da opinião pública … para isso é preciso que você tenha acesso aos meios pelos quais você exprime sua opinião… Ora, quando esses meios  são um monopólio, quem vem falar pra mim em democracia? … Para que ela exista, seria preciso que, em igualdade de condições,  duas, três ou quatro opiniões  antagônicas pudessem se exprimir no mesmo tempo e no mesmo  espaço … O que nós temos é controle da opinião…”

 A GUERRA QUE ELES NÃO PODEM PERDER

Também não custa dá uma olhadinha na sentença judicial que absolveu a mesma Folha de São Paulo no processo que lhe moveu o então arisco presidente Fernando Collor de Melo:

“… o homem público está sujeito a críticas. Exatamente pela função que exerce, mesmo porque o poder lhe advem da autoridade da lei e da soberania do povo. Age por delegação e não por direito próprio e por isso mesmo deve explicações sobre os seus atos (…) Tanto mais ácida ou contundente será a crítica quanto mais alto for o cargo ocupado pelo homem público. Quanto mais altas as funções, mais se exige dos homens que as ocupam (…)  Surpreendidos em práticas irregulares, não podem se queixar do direito de crítica exercido pela imprensa e assegurado pela Constituição e pelas Leis. Mesmo quando esse direito é exercido com certos excessos. Mais importante  que a eventual suscetibilidade ferida é o direito da nação em ser bem informada …”

(Mário Sérgio Conti, Companhia das Letras, SP, 1999, fl. 508)

Pena que, ainda dispondo de uma sociedade civil (tudo menos o Estado) fraca, este país de baixo índice de leitura e política pouco tenha a fazer para que o ex-ministro Palocci tenha mais oportunidades de se explicar. Quem não gostaria de saber, por exemplo:

1 – Por que Palocci trocou o milionário escritório de consultoria pelo contracheque de ministro? (http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2011-06-01_2011-06-30.html ) ou

2- Por que a Projeto recebeu mais dinheiro justamente entre a eleição e a posse de Dilma? http://noticias.uol.com.br/politica/listas/10-perguntas-que-estao-sem-resposta-no-caso-palocci.jhtm

Como, certamente, resposta não virá, é possível que o ex-ministro tenha de aguardar futuras eleições parlamentares que o absolvam. Não tem sido este um bom recurso dos últimos 05 séculos? Até lá, o ex-militante de esquerda radical deve ir tocando, como o seu colega Zé Dirceu, o seu negocinho de consultoria. Lembra que, não faz muito, andaram dizendo que o já fora do governo Zé ganhou  R$600 mil por uma assessoria? E ele confirmou! É ou não um bom negócio (dê uma olhadinha em PARTIDO DA CLEPTOMANIA DO BRASIL)? Será por receio da concorrência que eles não se dispõem a falar? Se for, não se pode dizer que estejam errados, afinal o segredo sempre foi a alma de certos negócios. A propaganda, também. Mas, que o então ministro podia ter aproveitado melhor aquela sua nobre inserção no JN da Rede Globo, podia.  Mal ele não foi, já que não lhe faltaram bons modos com o entrevistador nem com o público, apesar do pouco argumento. Mas isso também faz parte. O que jamais faria parte, ali, leitor, era você ouvir que …

(LIMINAR JUDICIALTRECHO RETIRADO A MANDO LIMINAR DA JUSTIÇA)

… quase desautorizando a boa índole constitucional:

Art. 5º

IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

(TRECHO RETIRADO A MANDO DA JUSTIÇA)

Absoluto, na verdade, nenhum direito é, com exceção do dos que legislam para si próprios, claro. Mas é absolutamente oportuno perguntar, por exemplo, por que a entrevista do então ministro foi exclusiva à Globo. Por que não uma coletiva (ô palavrinha complicada, meu deus!)? Não seria mais democrático, em especial para um ministro de Estado? Jesus, como essa gente se contradiz! Se você não for muito jovem, leitor, pode forçar um pouco a memória ou ir ao http://www.youtube.com/watch?v=0AIFzbYvdbc e rever duas interessantes vinhetas da Rede Povo, campeã de audiência na saudosa campanha de 1989. Elas diziam (eu também) “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo. Era lindo! Lembro de “aqui você vê o que não vê na outra tv” (http://www.youtube.com/watch?v=UdGBod7tUBI&feature=player_embedded)? Lá, se passava a mão em faces hoje petistamente inatacáveis e perguntava “Tá querendo me enganar é?. Era lindo! Não é cheio de voltas o mundo, leitor? Por isso que ele é lindo (“dialético”, num certo dizer antigo). Dê uma olhadinha em O PLIN-PLIN E A VERDADE!!

Por falar em plin-plin e para terminar, você lembra de O MUNDO IRREAL DE AMANDA GURGEL? Lembra de “consegue?”? Claro, que, como você tá cansado de saber, conseguir qualquer coisa que dependa de isenção, trabalho e senso mínimo de decência e justiça (Moralidade), no Brasil, nunca foi fácil, independente do lado da balança que mova o  xadrez (xadrez é jogo, viu galera?). As razões são muitas, sabidas e criticadas, mas, como você também deve estar cansado de saber, são poucas a peças políticas que, em ação, tendem a não pender para o lado que criticou.   É um país difícil, é verdade, porque de pouca tradição no campo do bem público. Mas – sejamos justos – de muita no do discurso. Não é? Como, então, a heroica figura de Amandacerrando punhos por atenção ao nosso mais grave problema de saneamento básico, a Escola –  pôde ocupar a mídia de fio a pavio, menos a de “esquerda”? Você viu alguma coisa na página de muitos espaços vazios do seu sindicato?

Note, também, que, quando acenou ao país com a sua entrevista à revista Veja (A CORTE DOS PADRINHOS, edição 2184), a Corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Ministra Eliana Calmon, também não interessou à “nossa” mídia, com exceção da do Sindicato dos Oficiais de Justiça da Paraíba- Sojep (veja MULTIUSO4, MULTIUSO6). Não é esquisito? Quer dizer que a “imprensa conservadora” e a sociedade civil (internet) se ocupam de dois temas fundamentais para o bem-estar, inclusive moral, do país (EDUCAÇÃO E JUSTIÇA), e o campo mental da política que ia gerar um Homem Novo (para quem não ia importar o indivíduo, só o Coletivo) nem tchun? “SERRI, GENTE” !

Veja, também

DESVIO NO SINDJUFE É DE MAIS DE MEIO MILHÃO!

 VOCÊ É SOCIALISTA? TEM CERTEZA? Quer ajuda dos universitários?

TEMPERATURA MÁXIMA!!

ELE ESTÁ SÓ. E SEM O QUE FALAR!

O DILEMA DA REALIDADE

BLEFE

QUEIXO DURO!

m…NO VENTILADOR? 

NADA MAIS DO QUE A VERDADE?

QUANTA DIFERENÇA!

QUE PANCADA!

VOCABULÁRIO DE IDEIAS PASSADAS

CONSELHO DE ÉTICA

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