Desde 1500, o Brasil é um grande negócio. Diz-se grande quando se conjugam, ao mesmo tempo, baixo risco e alta lucratividade. E é aí que a política real brasileira (não apenas a oficial!) é muito atrativa. Em toda ela, do tostão ao milhão, imperam um pensamento (farinha muita, meu pirão primeiro!) e um partido únicos: ladrão que deve ser preso é o dos outros. O meu, não.
Será só da política esta forma depravada de pensar? De onde vêm os políticos? Ver O BRASILEIRO RECLAMA DE QUÊ, em MULTIUSO 3.
Ladrão de dinheiro público (ou privado sem fins lucrativos), entre nós, não vai para a cadeia. E, se for, sai logo (alguns, se já não forem da política, chegam a se candidatar sem nem mesmo esperar o chão da cela onde dormiram esfriar! Parecem dizer: “lá é que é o meu lugar…”) porque este é um tipo de gato (ou rato?) que tem prestígio, rede social e conta com a proteção dos partidos, aliados e da própria tradição: sociedade omissa. Pobre de Collor, coitado, foi que deu azar: tinha contra si uma oposição baseada em sindicato, sede de vingança (lembram da safada manipulação daquele debate -1989- em que a Glogo ajudou o povão a derrotar Lula?), bonito palavrório, um gigantesco fracasso, que era o próprio plano Collor e, claro, as “falhas éticas” comandadas por PC FARIAS (ai de Lula, se a economia vai mal!). Mas, felizmente, o antigo Caçador de Mrajás já foi absolvido, sendo, hoje um dos
fortes apoios do companheiro Lula e da companheira Dilma. Digo felizmente por senso de justiça. Afinal, quando PT&CIA mostrou-se não ser mais aquela virgenzinha que “corava” com tudo, o presidente Lula, filho do Brasil, foi direto ao ponto:
“…o PT apenas fez no governo o que todos os outros partidos fizeram…”
Lembram do 1º (e mais conhecido) mensalão? Sim, mais uma vez, Lula tava certo. Somos um país corrupto. Do milhão ao tostão, ninguém perde ocasião, segundo a tradição, que, como regra, deve ter a sua exceção. E tá difícil a solução! Teria de haver uma combinação: educação+cidadania+responsabilidade+ poder público e sociedade interessados em pena de morte para corrupto+aparelho judiciário disponível e eficiente…, que não está à vista. Principalmente porque cada um (direita ou esquerda) protege o seu lalau.
Dá uma pena quando vejo as marchas de prefeitos em Brasília com pires na mão! E é aí que compreendo os sindicatos e demais órgãos da nossa sociedade civil: relamente, não há com que indignar-se. Qualquer fora collor contra a corrupção poderia desestabilizar todo o edifícil (veja a frase de Clarice Lispector, ao lado). Se bem que, de sempre em sempre, aparece um maluco como Eleandro Passaia, o agente político que não só denunciou o esquema de Dourados/MS, como não satisfeito, ainda imitou Shakespeare (…todo homem dá valor à vida, mas o homem de valor dá à honra um valor mais precioso do que à própria vida…):
“…Eles me ofereceram de R$ 70 mil a R$ 100 mil por mês para fazer parte do esquema. Ao invés disso, eu fui até a polícia denunciar … fisicamente eu posso até não ser livre, mas, depois de ter fetio o que fiz, ganhei um coração e uma mente livres…“
Agora, se pergunte: falta dinheiro no Estado Brasileiro? Ou vergonha?
Veja vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=r3_Ly3gDd_8
ENTREATOS: Tá todo mundo lá (Lula, Palocci – levanta de costas a chamado de Lula– Mântega, Gilberto Carvalho, Duda Mendonça e, claro, Dirceu. Será que Lula sabia?
Video: http://www.youtube.com/watch?v=KLJ7F4t4LvI
(enviado por Socorro)
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