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Você lembra que, até chegar ao poder, o PT representou quase tudo (leia o texto de Lúcia Hypólito em SEÇÃO MULTIUSO)? O primeiro mensalão conhecido (e outras cositas más) provam, mesmo, que NADA É TUDO, como bem disse o excelente Eduardo Giannetti (http://www.editoras.com/campus/20582.htm). O normal é os grupos de interesse conquistarem o poder e, quanto menos sociedade (regras públicas, vigilância, cerco ao Estado, sociedade civil), mais trair a si mesmos. Se lembrarmos dos discursos, somos forçados a perguntar: como aguerridos militantes e éticos patriotas implacáveis com o vício dos outros, de repente, tornam-se tão sóbrios com os seus e os dos seus partidos? Por falar nisso, não é estranho que, num Estado tão pouco sóbrio como o brasileiro, a esquerda se vire dentro dele sem maiores constrangimentos? Será história ou estória aquele papo de que o problema brasileiro tá no sangue, meu deus?
Bem, digamos que o Homem é o Animal-desejo, Animal-interesse ou o Animal-poder de sempre. Claro que nem sempre que ele jogou alguma lataria sobre si, pintou-a de vermelho (ou outra cor) e a pichou com palavras bonitas, ele estava falando sério. É um animal político: comandado pelo desejo. E, como tal, um bicho que procura a felicidade (satisfação do desejo). Quem é que num qué? Quem é que num qué?, cantava Luiz Gonzaga. Atenção: o refrão “Quem é que num qué? Quem é que num qué?” é de uma música que eu ouço todo ano, no São João (tudo de Gonzagão, Jakson do Pandeiro, etc, é tocado no carro, durante a viagem). Prometo achar o nome esse ano. Mas, olha o que ue encontrei:
http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/1563415/
A voz do povo é a voz de deus, né? E essa satisfação não se dá no trivial, mas no supérfluo, como alertava o velho Nelson Rodrigues.
Mas, convenhamos que o próprio animal já inventou uma história ou estória que, bem pensada, funciona: ÉTICA (única prisão de segurança máxima capaz de conter a fera, justamente por ser feita de conceitos e princípios que o próprio preso não aceita atacar). É ela quem, impondo a tal pergunta o que posso ou devo fazer?,solicita que se questione, contenha-se e limite o próprio desejo ao não prejuízo do outro. Quando o sindicato pingou os 60.000 em gotas de TV, ele estava mesmo pensando na categoria? Ou numa massa de futuros eleitores a quem um futuro carro de som lembraria a marca Sindjufe e, por decorrência, o seu máximo condutor?
… a bahia vai bem, como vai meu bem querer/ a bahia vai bem/ obrigado a você…
Dê uma olhadinha na frase de Sartre, na coluna ao lado.
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