Infelizmente, só agora percebi que a última versão da resenha FASCISMO DE ESQUERDA (prometida para hoje, sábado) ficou no computador em reparo. Foi, realmente, muita desatenção minha, já que se tratava, digamos, da matéria de capa. O que fazer? Estariam as ilusões todas perdidas? Estas não: segunda, 13/09, lá pelas 18, 19h00, pagamento à vista e com juro.
“O sucesso justifica todos os meios, por mais vergonhosos que sejam” e “não há glória pela qual não se pague caro“, dizia, em Ilusões Perdidas, o multiempreendedor Honoré de Balzac. “… Mas esses homens realizaram os planos: foram até o fim do caminho e seu êxito justifica-lhes os atos…“, largou, talvez com jeito de casca de banana, Dostoiévski, em Crime e Castigo.
Desanimemos? Este país pode até não ter jeito, tamanhas as fissuras dos seus alicerces. Muita massa (e folha) corridas. Mas muita massa crítica, também. Vá ao blog do Villa (http://www.marcovilla.com.br/2010/09/o-despertar-da-oposicao.html ) e veja o texto O DESPERTAR DA OPOSIÇÃO. Nele, Marco Antônio Villa, Mestre em Sociologia, Doutor em História e Professor da Universidade Federal de São Carlos/SP, fala do momento atual e, como não poderia deixar de ser, de muito do que O FASCISMO DE ESQUERDA falará. Dica:
… vivemos em um país onde as instituições democráticas são frágeis. Onde o Poder Judiciário é de mentirinha. E o Legislativo está sendo invadido -para a alegria mórbida dos inimigos da liberdade- por humoristas decadentes, ex-jogadores de futebol, celebridades instantâneas e “sambeiros” que espancam suas mulheres. …
… No Brasil lulista a prática de impedir pelos gritos e, se necessário, pela força um opositor de falar está virando rotina… Para Lula, a democracia não funciona pelo respeito às leis, com uma oposição vigilante e pela crítica às ações do governo. Não. Para ele, a democracia só tem uma fala, a dele. …
De mãos na cabeça e sem querer lançar mão de um dos vários textos que enfrentaram fila no Sindjufe antes do APAGÃO MORAL, cheguei a pensar em refazer o prometido, de memória. Mas não seria justo nem com o esforço já realizado nem com a obra resenhada. A alternativa imediata foi trazer para o centro do blog o artigo do Prof. Marco Villa, antes cotado para elevar o MULTIUSO. Uma outra alternativa era batucar, meio a toque de caixa, na letra de IDEOLOGIA, a última grande dose (…mais uma dose? … É claro que eu tô a fim… A noite nunca tem fim …Por que quê a gente é assim?…) de Cazuza, onde já se dizia
… e as ilusões estão todas perdidas…
Mas, a toque de caixa? Responsabilidade demais. Agradeço muito ao ao sopensar (um blog daqui de Salvador que visito sempre e do qual fui parte, ainda que ligeira. Uma página, aliás, que, também, tem dois pés na antiga RUF, Residência do Universitário Feirense); ao Blog do Villa e a Romeu (veja texto abaixo) por não terem me deixado na mão. Num sábado, não ficaria bem, né? Veja
Vote livre, vote nulo em http://sopensar.com.br/.
Como estamos falando de um mesmo alicerce, veja o que um certo partido “de esquerda” fez para se livrar de uma certa galera de periferia a quem o papel de massa de manobra parece não ter caído bem. Lembremos, aliás, que o já longíquo surgimento do Partido dos Trabalhadores (PT) foi uma fuga das velhas e viciadas oligarquias “de esquerda” que, na prática, destruiram a idéia de Socialismo. Nunca esqueçamos: NÃO foi o capitalismo- onde sempre se comprou livros sobre como acabar com ele – quem inviabilizou o “socialismo“. A prórpia floresta se matou, matando as árvores. Aliás: quando a URSS ruiu, surgiram dos seus escombros vários níveis de milionários que viriam a dominar, por exemplo, o mercado global do futebol. Onde eles acharam a grana? No próprio “socialismo“? Um jornalista da Veja (Reinaldo Azevedo, blog http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/?gclid=CPWy2KDu_6MCFY7r7QodiznEiA) criou, segundo ele, a expressão: burguesia do capital alheio. Será? Meu deus, quanta gente tombou e quanta gente tomou porrada! Pra quê?
Romeu Cordeiro é estudante de Direito/Ufba, servidor do TRT e ex-militante do Partido Comunista do Brasil. Dica:
“…terminado o congresso, nós conseguimos todos os cargos de direção da UJS (união da juventude socialista), mas a direção do partido (PCdoB), que não tem nada de democrática, nunca reconheceu isso e boicotou todas as nossas atividades. Desencadeou-se, inclusive, uma política de terra arrasada. Nós não tínhamos apoio nem recurso para fazermos nada. Aos poucos, só restaram duas opções: vender-se à direção do partido (cooptação através de cargos, assessoria parlamentar, sindicatos…) ou sair do PCdoB. Eu fui o último a sair…”
Leia DEPOIMENTO ROMEU e-mail II:
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