06out. AGORA É OFICIAL
“…Para o eleitorado de Dilma, não vejo muita consequência. Acredito que a candidatura da Dilma está em processo de ascensão. E tem a máquina de governo na mão para agir nesse sentido…”
Fernando Ferro (PT-PE), deputado federal
O deputado estaria se referindo à aliança Marina/Eduardo Campos. Agora entendi por que Marina falou, ontem, em “VELHA REPÚBLICA” (http://oglobo.globo.com/pais/marina-da-apoio-campos-para-presidencia-mas-nao-confirma-se-sera-vice-10265938). Ainda bem que tem gente no partido que é contra, né?
http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/eleicoes/pt-perde-e-culpa-a-utilizacao-da-maquina-publica-em-salvador,cfeb9782ac66b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
06out. CADÊ O CAPILÉ?
“Logo que surgiram as denúncias, eu já estava indignado, sabia como o coletivo agia e que os artistas não recebiam pagamento. Fui ao Facebook do Capilé e havia um post dele desafiando qualquer músico e produtor cultural interessado a debater com ele. Eu embarquei na ideia”, diz Lobão, que programou um hangout ao vivo na internet e convidou Capilé. Ele aceitou prontamente, mas no dia seguinte desmarcou. “Fui procurá-lo novamente no Facebook e ele não me respondeu. Comecei a soltar algumas indiretas nas redes sociais. Disse que faria uma camisa escrita: ‘Cadê o Capilé?‘.”
Veja também: O DIA EM QUE A CARTA CAPITAL DEU UMA DE VEJA, MÍDIA NINJA, AMOR À VIDA…
…………………………………………..ARQUITETOS DO PODER
“…Todo mundo tem o seu lado bom e o seu lado sombra. Cabe a você [marqueteiro] ressaltar o lado bom e amenizar o lado ruim… “ (Duda Mendonça)
Fazia tempo, leitor, que eu procurava, em sebo, um exemplarzinho que fosse de um livrinho de fotografia lançado logo após a campanha de 1989. A do LULA LÁ, SEM MEDO DE SER FELIZ. Era fininho, mas tudo o que havia emocionado a rua, o rádio e a tv estava lá. Cheguei a folheá-lo em livraria, ainda quente, mas… Naquele final dos 80, eu só não era mais duro do que pau de cara de político tarado. Não comprei.
E não é que, sem saber, nem querer, o encontrei? E bem recheado! Na verdade, não apenas ele, mas vários outros, juntos e brincando entre si. Onde? No Canal Brasil, claro. De Getúlio a Lula, passando por “Varre, varre vassourinha…“, o documentário ARQUITETOS DO PODER conta e mostra, por dentro, como são feitas as campanhas e a política, no Brasil.
Entrevistas, propaganda, fatos, imagens reais, jornais, revistas…
Como a política vira história ali, na cara da gente, convém ir ao sanitário antes, porque não dá pra piscar…
Você tá lembrado que o foco, aqui, é o PT na campanha de 89, né, leitor? Relaxe, ele vem. Antes, porém vem outro golpe (mais um golpe dentro do golpe). É assim mesmo: todo sistema fechado, sentindo-se ameaçado e podendo, reage e retrocede. Não apenas os militares (veja GRILAGEM x APAGÃO MORAL, A PULGA, O BURRO e AS NORMAS (aos olhos de hoje), etc):
Só que o tempo é cruel com as ditaduras, pelo menos as “de direita” (entre aspas porque, você sabe, em certo sentido o Poder é de direita: tudo fará para manter-se, conservar-se…; veja o que diz Pasolini, em O PLIN-PLIN E A VERDADE!). As de esquerda sempre demoram um pouco mais, né (veja ÉTICA NÃO É IDEOLOGIA, FALSIDADE IDEOLÓGICA?, O DILEMA DE TEREZA CRISTINA…)? Talvez até porque, nelas, não seja possível o tal do “…nervo exposto da sociedade…” , como se diz no documentário. “Nervo exposto”? Sim, leitor: a tal da imprensa “conservadora” e “burguesa“:
… a tal da Mídia Golpista …
que a esquerda tanto “odeia” (não deixe de ver EM DEFESA DE KLEBER SALAZAR, OS PROFISSIONAIS E OS AMADORES… UM POUCO DE MEMÓRIA DE QUANTO O PT ERA OPOSIÇÃO, etc). Aliás, veja que tratamento desigual:
“COLLOR SABIA” e Lula, talvez? Tudo bem …
… Mas, e o que diz o assessor da presidência Gilberto Carvalho, em SEM MEDO DE SER FELIZ?
Voltando ao filme:
Não, ainda não haveria eleições. Nada é dado, nada cai do céu. “…Democracia é um continuo parto, e parto dói”, lembra (O DILEMA DE TEREZA CRISTINA)? O regime dos militares foi gasto aos poucos: crise econômica, custo de vida, greves, pressão por liberdade, anistia, controle da inflação… Diretas Já:
que encontrou um pedra no caminho
“Nova República“, uma vitória da oposição liberal (com elementos do próprio sistema) no congresso (sem a participação do PT):
Após Sarney, que havia assumido a Presidência como vice de Tancredo, a nova Constituição (1988) obrigava a eleição direta. Aquela foi a eleição que jamais se repetirá, em nenhum lugar do mundo, leitor. Era o bem contra o mal, o Povo contra a Elite… Era outro mundo…
Aquele L (na rua, nos ônibus, na TV)…
Notou que, embora o patronato da época fosse francamente antipetista, a intelligentsia paga por ele era toda Lula lá? Tanto que:
- Cláudio Humberto, o assessor de imprensa de Collor, conta (no filme) que, quando o seu candidato se dirigiu à TV Manchete para o primeiro debate, os jornalistas e os câmeras depuseram os seus instrumentos de trabalho no chão
e cantaram o lulalá…” (“…eles fizeram um corredor,
nós pássavamos e eles cantavam o “lula lá…”); - A propaganda de Collor, apoiada no patrão e no povão (como o PT e Lula, hoje), elegeu o próprio povo como “o verdadeiro artista“. É muita onda, né, leitor?
Como foi possível aquilo dá no que deu, meu deus? Lula lá, brilha uma estrela/ Lula lá, cresce a esperança/Lula lá, o Brasil criança/ Na alegria de se abraçar/Lula lá, com sinceridade…
Essa resposta o próprio autor daquele hino e marqueteiro daquele PT sugere. Falando (no filme) das dificuldades que teve contra o Plano Real na campanha de 94, ele ressalta que estabilidade econômica, por exemplo, nunca foi um valor (princípio, símbolo…) para a esquerda… Ele não disse, mas muito mais coisas jamais valeu para a esquerda. Desde os sindicatos, ética, moralidade, liberdade, tolerância, democracia,etc, para a esquerda, jamais foram mais do que coisa “pequeno-burguesa”. Exceto em público, claro, o que levou o PT a ser o “Partido da Ética”, quando surgiu. Diz o escritor, ex-deputado e jornalista Fernando Gabeira, na edição comemorativa dos 45 anos de Veja:
Também já fui chamado de “udn” e “moralista”, na época de PT GO HOME… Lembra, aliás, de “…pouca gente da “esquerda” discursa contra a alma farrista (e formadora de patrimônio) do Estado Brasileiro…” (O ZIGUE ZAGUE DOS NÚMEROS, indisponível no momento, por liminar judicial; AS VEIAS ABERTAS E AS PALAVRAS ANDANTES, MÍDIA NINJA, etc, etc), leitor? Ninguém é bobo, né?
Tenho de registrar também – veja que doideira – que o próprio Cláudio Humberto (ex-porta-voz do presidente que sofreu o impeacheament) chegou a declarar, no documentário, que a cobertura da imprensa (toda de pau em cima de Collor, como em cima dos mensaleiros, hoje) foi “corretísma”… Já Luiz Nassif, talvez lulista roxo hoje, aparece no mesmo filme dizendo que “pulou fora da campanha” porque estaria havendo “manipulação de informação, bandidagem…”. Não entendi. E fiquei com a impressão de que ele estava se referindo à campanha do Fora Collor.
Veja esse felizmente longo documentário (Urca Filmes e Iuperj – Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro), leitor. Tudo conhecido sobre, por exemplo, a acirrada disputa LulaxCollor, tá ali. Sobre as demais campanhas e governos, também:
Claro que, sendo política, você verá pequenas maldades como
como dizia um dos programas do então candidato Collor. Mas, também, se emocionará com campanhas como a do “…você pode até não saber, mas … no fundo, você também é um pouco PT…” (lembra de SÓ O ATO SALVA e só o ético pode orar?), e sobretudo a das grávidas (voz: Chico Buarque; fundo: Bolero, de Ravel):
“…Você não pode escolher se o seu filho vai ser menino ou menina; não pode escolher a sua altura nem a cor dos seus olhos; muito menos o que ele vai ser quando crescer; mas uma coisa você pode escolher: que tipo de país você quer para ele…“
(campanha de Duda Mendonça)
Veja o filme:
http://www.youtube.com/watch?v=EoA6zsaR0xo
E os posts: O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO…, AMORAL DA HISTÓRIA, PARABÉNS, VEJA!, PARABÉNS, VEJA 2 , DESCANSANDO, SALVADOR TEM JEITO: CARA DE PAU PRA PREFEITO!, UM ANO DEPOIS, A RODAVIVA DOS INFRIGENTES…
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