A RIQUEZA E A POBREZA DAS NAÇÕES

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………………………………………A RIQUEZA E A POBREZA DAS NAÇÕES

Não  pensamos, de maneira nenhuma, que o [  ] venha um dia a ser rico: as vantagens conferidas pela natureza, com exceção do clima, e o amor à indolência e ao prazer das próprias pessoas impedem que isso ocorra. Os [  ] são uma raça feliz e, estando contentes com pouco, não é provável que realizem muita coisa

Com que nome de país você preencheria o primeiro colchete acima, leitor? Brasil, México, Japão … E o segundo? Brasileiros, mexicanos, japoneses … Bem, o comentário acima é do Japan Herald e é de 09 de abril de 1881, segundo a obra de David Landes. Não é fascinante? Então responda: que fatores seriam mais decisivos para o êxito ou o fracasso de um país? Internos, externos ou os da natureza? A propósito, quem você acha que vence a atual guerra, os japoneses ou a natureza? E se, deus livre e guarde, fôssemos nós?  Não vou nem perguntar o que aconteceria com esta terra, se fossem eles que morassem nela.

Antes de se aventurar em qualquer resposta, leitor, convém dá uma olhadinha em PRA FRENTE BRASIL (MULTIUSO7).  Apenas porque a tinta é dura,  A RIQUEZA E A POBREA DAS NAÇÕES  – por que algumas são tão ricas e outras tão pobres  não é um daqueles livros de tirar o sono ou atrasar para o trabalho.  Mas, o olho é longo, move-se em todas as direções e – como convém ao de um professor emérito de história e economia política  de qualquer lugar, inclusive Havard –  as suas explicações levam em conta os valores, a visão de mundo e a mentalidade dominante em cada momento e em cada lugar.

Você deve estar se perguntando: e os imperialismos, as explorações? O professor vai em cima: “a dominação de um grupo por outro sempre esteve conosco: quando um grupo é suficientemente forte para dominar um outro e tirar proveito disso, não hesitará em fazê-lo. Mesmo que o Estado se abstenha da agressão, empresas e indivíduos não aguardarão a permissão para agir. Pelo contrario, agirão em seu próprio interesse, arrastando outros com eles, inclusive o Estado (fl.69. Isso vale, também, para as relações de trabalho comandadas por socialistas, inclusive dentro do Estado Democrático de Direito). Vale, também, para sindicatos.

Volta a pergunta: que fatores são os mais importantes para o êxito de um povo? David Landes tem mais uma particularidade: com ele não tem esse negócio de mão na cabeça. Ele assinala, por exemplo, que:

  • há riqueza de provas quanto à existência de escravatura na África antes da chegada dos europeus…

  • chineses e indianos já dispunham de meios para melhorar a terra e o cultivo, inclusive com o uso de tração animal, desde 500 anos a.C.;

  • a China, inclusive, foi a inventora da imprensa e do papel, tendo antecipado em 500 anos  a Revolução Industrial Inglesa

  • os maiores cientistas do mundo já escreveram em árabe, tendo sido  o Islã – por 500 anos – o professor da Europa…

O que os deixou para trás? O professor arrisca: falta de:

  • pesquisa

  • direito de propriedade

  • economia de mercado

  • investimento em educação, instituições democratizadoras, liberdade de criação e pensamento…

Em outras palavras: quando as sociedades chamaram a si a responsabilidade de realizar as suas potencialidades, explorando-as para realizarem-se a si próprias (e não ao estado, classe ou casta), desenvolveram-se. Quando não, os elementos externos foram apenas mais um obstáculo.  Dois exemplos:

  • A mentalidade fundadora americana, que teve a seu favor o protestantismo calvinista (glorificar a deus, criando riqueza, cuidando bem da sua propriedade – o mundo) e a própria mentalidade já industrial inglesa
  • e Portugal.

Raimundo Faoro e Lilia Schwarcs, brasileiros, um clássico outro contemporâneo,  ajudam o americano Landes:

“…. a Inglaterra dispunha (…) de um arsenal de homens e mulheres acostumados ao duro trabalho agrícola, sem que o desdém do cultivo da terra pelas próprias mãos os contaminasse (…) Uma classe média (…) proprietária de pequenas fazendas, industriosa e de espírito livre fornecia o modelo das ambições do proletariado agrícola, liberto da servidão há dois séculos (…) o inglês trouxe a sua mulher para a colônia, ao contrário do português (…) Os casais recebiam das companhias colonizadoras o dobro das terras, sugerindo o trabalho duplo…O inglês fundou na América uma pátria, o português, um prolongamento do Estado…” (OS DONOS DO PODER – formação do patronato político brasileiro –RJ, Editora Globo, 1984, fl.122)

“… faltavam quadros empresariais  e a filosofia então imperante parecia supor que a entrada contínua de riquezas  tornaria desnecessárias políticas de investimento local. Riqueza não gerava riqueza,  e  Portugal se contentava em sugar suas colônias de maneira bastante parasitária… (A LONGA VIAGEM DA BILBIOTECA DOS REIS: do terremoto de Lisboa à independência do BrasilSP, Cia das letras, 2002, fl. 86)

Para responder, finalmente, à pergunta POR QUE ALGUMAS SÃO TÃO RICAS E OUTRAS TÃO POBRES, o autor se pergunta também: POR QUE A GRÃ-BRETANHA FEZ A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E NÃO ALGUMA OUTRA NAÇÃO? A resposta óbvia é acumulação de conhecimento. Mas por que esse conhecimento não se acumulou em outra parte? Porque, assinala o autor, na Europa surgiu um novo tipo de homem: racional, metódico, diligente e produtivo. O oposto daquele dogmatizado pelos mil anos de catolicismo medieval e, lembremos, daquele repetidor de slogan gerado pelo socialismo real.  O verdadeiro HOMEM NOVO?

Complementa o autor: “ … o imenso volume de ciência moderna foi criação da Europa, em especial aquela decisiva arrancada dos séculos XVII e XVIII, que ficou conhecida com o nome de ‘revolução científica’. Não só a ciência não-ocidental não contribuiu praticamente com nada (embora houvesse nela mais do que aquilo do que os europeus tinham conhecimento), mas, a essa altura, era incapaz de qualquer participação, tão aquém ficara …” (fl. 391).

Mas, e o Japão? David landes se refere a ele como um povo especial (que crè em esforço e oportunidade. Note que, por lá, o corrupto  pego tende a trespassar o estômago com uma lança. Já por cá…):

“… Os japoneses eram ávidos por aprender porque tinham aspirações ilimitadas (…) Assim (…), quando se encontraram com os europeus, trataram de aprender os seus métodos. Copiaram suas armas, imitaram seus relógios, converteram-se em grande número ao cristianismo (que depois foi erradicado até o último bebê de colo, fl. 397). E continuaram sentindo-se ainda superiores … (fl.395) … Num dado momento do final do século XVII, os japoneses estariam fabricando mais mosquetes do que qualquer outra nação europeia… (fl. 401) … Algum tempo depois , deixaram de comprar relógios europeus… (fl. 402)

E FEZ A REVOLUÇÃO…:

Assim, o Japão avançou para a segunda revolução industrial (…) gerando e usando eletricidade quase antes de se ter habituado ao uso do vapor (…) A partir de 1887, começou fornecendo eletricidade ao grande público (fl. 426) (…) em 1920, motores elétricos primários respondiam por 52,3% da energia instalada em manufaturas nipônicas…”, contra 31,6% dos americanos e 28,3% dos ingleses (fl. 427)”

” … Outros países mandaram seus jovens ao estrangeiro (…) e perderam-nos por lá; os expatriados japoneses voltaram todos ao seu país; outros países importaram técnicos estrangeiros para ensinar á sua própria gente; os japoneses, em sua grande maioria, ensinaram e aprenderam por conta própria; outros países importaram equipamento estrangeiro e fizeram dele o melhor uso possível; os japoneses modificaram-no, melhoraram-no, fabricaram-no eles mesmos () em 1890, somente 30% das meninas em idade escolar frequentavam uma escola; 20 anos depois, 97,4% (fl.471);

(…) antes da guerra (2ª), os japoneses eram desdenhados por sua qualidade inferior –ordinários, falsos, não-confiáveis – feitos para vender em bancas de camelôs (…) Assim que o Japão teve liberdade para estabelecer tarifas, fixou-as elevadas o bastante para proteger a indústria doméstica …(fl.532) … automóveis eram desmontados e checados por dentro e por fora antes de serem vendidos aos consumidores… (fl.533) … Uma excepcional destreza manual oriunda do hábito de comer com pauzinhos é especialmente útil em micromontagens … (fl.535)

… O número de veículos com motor registrados no Japão em 1917 era 3.856; em 1923, 13.000, todos importados. Os grandes meios de transporte ainda eram os jinriquixás e as carruagens puxadas a cavalos (…) Entre 1926 e 1935, os carros americanos fabricados no Japão respondiam por mais de 95% de novos registros de automóveis… (fl.542)… em 1936, os dois gigantes americanos (Ford e General Motors) ainda eram responsáveis por ¾ da produção japonesas; (…) em 1938, a participação da Nissan, Toyota e Isusu atingiu 57% (fl.543; Em 1939, as firmas americanas renunciaram e foram embora (fl.544) (…) Em 1950, o Japão produziu 32.000 veículos, correspondendo a cerca de um dia e meio da manufatura americana (…) Em 1960, a produção situou-se em 482.000 unidades, sendo 39.000 exportadas; Uma década depois, o Japão registrou 5,3 milhões de carros, dos quais exportou 1,1 milhão. Em 1974, já superava a Alemanha, até então a maior exportadora de automóveis do mundo. Em 1980, embarcava cerca de seis milhões de veículos, 54%  do total, e ultrapassava os EUA como o maior fabricante de automóveis do mundo … (fls. 544/545) … Outros países os invejam e admiram…”(fl.427) … A diferença decisiva estava nas pessoas (546).

Resumindo: sempre que se negligenciou a ÁRVORE  ou o CHÃO, matou-se a floresta.  Mais um exemplo? Quando acabou, a autodestruída URSS tinha lá os seus Donos de Capital? Como, se tudo lá era público? Aliás, como um mundo sem oponentes internos (presos ou mortos), altamente repressivo (em favor de quem?) e organizado “para os trabalhadores” pôde ruir? Há uma hipótese bem provável: dogma e burocracia em lugar de liberdade de iniciativa e ciência aplicada. Mas, uma pergunta de David Landes (“quem se beneficia?”)  e um aforismo romano (pecúnia non olet) também respondem. O próprio autor procura um outro sentido para o aforismo: “… dinheiro cheira poderosamente e o seu odor atrairá gente de toda parte”.

E, aqui, querendo ou não, ele explica a informação de que (segundo o RENOVA SINDJUFE -fev/11) CUT, Força Sindical, UGT, NCST, CTB e CGTB teriam dividido entre si a pequena bolada de mais de R$146 milhões, entre 2008 e 2009. Dinheiro de impostos! Claro: só pode ter sido usado para acabar com o capitalismo (não foi usado em educação ou saúde porque estimularia o sistema). Esse só, não. Muitos outros. Talvez até os 600 (seiscentos) mil sumidos entre 2005 e 2007 e os 72 (setenta e dois) meses (PELO MENOS!) de mais R$43.000 (quarenta e três mil) cada, que, segundo a fl. 06 da AUDITORIA, saíram do bolso dos servidores do TRE, mas NÃO entraram no Sindjufe-ba. Será verdade?

Bem, até agora, o sindicato não negou (e até se calou) e, por incrível que pareça, NÃO levou à Justiça o perito Kleber Marruaz…

LIMINAR JUDICIALTrecho retirado a mando liminar da Justiça

Veja mais em

DESVIO NO SINDJUFE É DE MAIS DE MEIO MILHÃO!

FERVIDOS E MAL PAGOS?

ELE ESTÁ SÓ. E SEM O QUE FALAR! 

BLEFE 

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 m…NO VENTILADOR?

pdf  A QUESTÃO DA MENTALIDADE E OS TRÊS ESPÍRITOS

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