A “ESQUERDA” NO PARAÍSO …
Lembra de ”… pouca gente da “esquerda” discursa contra a alma farrista (e formadora de patrimônio) do Estado Brasileiro. E menos ainda contra carrões…”, leitor (veja ESQUERDA CAVIAR)? Bem, você já sabe que o mundo é de verdade, né? Claro: “… O importante é o coletivo, não o individual…”, como se dizia (veja CABA NÃO, MUNDÃO, COMPUTADOR QUEIMADO, O QUE É ISSO COMPANHEIRO II, SINDJUFE-BA FALA EM AUDITORIA! OBRIGADO, SENHOR!, EM FAMÍLIA II, O PETRÓLEO É NOSSO, MAS A IMPRENSA, NÃO!, SUAS EXCIAS: O FATO, A LIBERDADE DE INFORMAÇÃO, O STJ, O STF, VARGAS LHOSA E O SINDJUFE-BA, A REGRA DO JOGO…), mas…
Vamos ser práticos? Nenhum de nós pisca um olho, sem estar movido por algum interesse, inclusive o de ajudar, esclarecer, politizar, organizar, colaborar, lutar … (veja SÓ O ATO SALVA e só o ético pode orar, OBRIGADO, ELISA …)… Mas, é aí que entra um bocado de DESVIO, né? No caso, a danada da Veja [sempre ela, veja PARABÉNS, VEJA!, PARABÉNS, VEJA 2, POR QUE VIREI À DIREITA (o livro. Ou quase), UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL (“VEJA MENTE”), UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL (VEJA MENTE II), ARQUITETOS DO PODER …] de 30set15 tratou de uma farra em Brasília e da compra de um simpático AP funcional em Miami, envolvendo um vereador petista (Chambinho), o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT/RS) e os conhecidos Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo.
Presa à investigação, a sempre xingada revista da Abril teve o cuidado de se referir ao ex-presidente da Câmara como um dos “ilustres ocupantes temporários” do empreendimento, que, sempre venenosa, descreveu como “… um daqueles típicos paraísos capitalistas, com uma grande área de lazer, marina, spa…”:
Pura maldade, claro. “Deu na Veja, desconfie“, né (veja EM DEFESA DE KLEBER SALAZAR, EM DEFESA DE JOSÉ DIRCEU!, OS QUADROS DA OAB E OUTROS QUADROS!, MULTIUSO 20, NAVEGAR É PRECISO…)? Tamanha era a “má-fé” que a revista, compulsiva, chegou até a entrevistar o deputado. Note, leitor, que, apesar das claras cascas de bananas, o nobre parlamentar NEGOU ser o proprietário do imóvel, como esperado:
Mas, a revista… Dou a mão à palmatória, leitor. Reconheço que se trata, sim, de uma revista maldosa. Tanto que, com a nítida intenção de induzir o socialista deputado a erro, ela continuou com os seus ataques oblíquos, forçando o deputado a se atrapalhar…
Até aí, tudo bem, né? Afinal, trata-se de uma “pessoa pública“, contra quem “…o STF permite, inclusive críticas duras e impiedosas, no contexto da liberdade de imprensa…“, como se esclarece em OBRIGADO, ELISA. Na verdade, parece que o ex-vereador petista disse à polícia que o ex-presidente da Câmara dos Deputados é o verdadeiro dono do apartamento em Miami, como, mais uma vez, “atacou” a “direitista” e “mentirosa” revista (http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/um-presente-de-2-milhoes-de-reais)…
Agora, destacar que o tal paraíso fica a apenas alguns KM de Cuba…
Pra quê? Por quê? Por isso que tem gente que, ao invés de dar entrevista ou esclarecer, vai logo à Justiça. Revistinha “reaça”, “moralista”!
Veja, também, ELE É SOCIALISTA?
…………….UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL. COM DIN-DIN…
“…Nesta terça-feira, Lula vai “dar uma passada rápida” no FSM em Porto Alegre e vai direto para Davos, onde será recebido como grande liderança mundial.
Em 2003, em seu primeiro ano na presidência, Lula decidiu dividir sua agenda entre o Fórum de Porto Alegre e o Fórum de Davos. Na época, foi muito criticado por estar indo reunir-se com a elite do capitalismo mundial. Lula, ao longo dos últimos anos, acabou fazendo o novo Brasil possível e agora já é visto como grande liderança mundial, capaz de construir saídas onde ninguém mais espera…“
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-promessa-de-um-novo-mundo-possivel (26jan10)
Na campanha de 2002, se dizia, com voz embarga e miséria ao fundo:
“se estas imagens tocam o seu coração, você pode até não saber, mas, no fundo, no fundo, você também é um pouco PT!“.
(veja SÓ O ATO SALVA e só o ético pode orar)
2. Ou com Bolero de Ravel e Chico Buarque:
“…Você não pode escolher se o seu filho vai ser menino ou menina; não pode escolher a sua altura nem a cor dos seus olhos; muito menos o que ele vai ser quando crescer; mas uma coisa você pode escolher: que tipo de país você quer para ele…“ (veja ARQUITETOS DO PODER)
Era lindo. Mas, ÉTICA NÃO É IDEOLOGIA.
UM OUTRO MUNDO SEMPRE SERÁ POSSÍVEL, e é em busca dele que se vive, né, leitor? Inclusive na política…:
“… Tivemos um problema político sério, porque ganhamos a eleição com um discurso e depois das eleições tivemos que mudar o nosso discurso e fazer aquilo que a gente dizia que não ia fazer…”
Hoje, tudo parece golpe, estelionato, mas seria injusto dizer que nada mudou:
No texto acima, o ótimo direitista Reinaldo Azevedo garante que Dirceu …”em sete anos, movimentou a espetacular soma de quase um quarto de bilhão de reais: R$ 216 milhões. E sem produzir um parafuso!!!…” Será? Veja: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/petismo-nunca-na-historia-do-capitalismo-o-discurso-socialista-rendeu-tanto-dinheiro-a-tao-poucos/
Bem, tem quem não goste nem de Reinaldo, nem da Veja (a galera a do AP em Miame, por exemplo). Tem suas razões, né? Eu gosto e não é dagora (veja POR QUE VIREI À DIREITA (o livro. Ou quase), NAVEGAR É PRECISO…).
Tudo aí em cima é de antes de 2002, viu, leitor? E ajudou muito o PT… E não era “golpe”! A propósito, entre as duas Coréias, qual você preferiria? Eu também. E entre a China de Mao e a atual (veja NADA É TUDO, STALIN, MAO, FIDEL (e ERENICE), VOCABULÁRIO DE IDEIAS PASSADAS, TUDO PODE DAR CERTO?, CISNES SELVAGENS, A VINGANÇA DE MARX, O DILEMA DE TEREZA CRISTINA, FLUXO E REFLUXO (pega na mentira II), MULTIUSO 19, MULTIUSO 21, MULTIUSO 22 …)? Eu também. Mesmo porque o danado do capitalismo, lá, meteu 02 Brasis (dois!) na classe média (na classe média!), em 40 anos, e a antiga China virou o que virou! E, lá, a corrupção é doida, viu?, embora tudo esteja sob a mão fechada do PCC… (PCC é “Partido Comunista Chinês”, viu, leitor?). Já os países oficialmente “de esquerda” ou “socialistas“…
Bem, é claro que a “imprensa burguesa”, às vezes, exagera, né? Tanto que a própria ultradireita não perdoa, no poder: porrada, prisão e censura … (atenção: nada a ver com GRILAGEM x APAGÃO MORAL, certo, galera?). Dois óbvios exemplos (de exagero) são o caso do AP funcional de Miame e o artigo do bom Reinaldo. As manchetes contra FHC, acima, não, apesar do que disse Gilberto de Carvalho, nas páginas amarelas da danada da revista da Abril: “… No governo passado, Fernando Henrique Cardoso também levou um pau danado da imprensa, não podemos esquecer…” (veja SEM MEDO DE SER FELIZ), afinal, FHC era “pessoa pública“, nera?). A tal da “imprensa burguesa” exagera tanto que até ela concorda:
Já pensou se a tal da Veja não fosse “tucana”?:
Como seria a imprensa? Os antigos Jornal do SINTRAB e Sindjufe dão uma dica, em O QUE É ISSO COMPANHEIRO II e DESCANSANDO. Mas, a do site petista 247 é imbatível:
Fato:
Versão:
Será, mesmo, um outro mundo possível, leitor? Veja ÉTICA NÃO É IDEOLOGIA, AMORAL DA HISTÓRIA, O QUE É IDEOLOGIA!?…
Mas, vamos a outro exemplo deexcesso da “imprensa burguesa“:
O QUE É ISSO REINALDO? Essa galera correu riscos, criou sindicatos, lutou contra a ditadura, se opôs aos conservadores e liberais apoiados pela própria Veja… Como não lhe reconhecer direitos? Além disso, muitos dos seus rebentos e familiares são empreendedores…
fonte: Revista Veja,2446, 07out15.
Da mesma forma, considero indigna, entre muitas outras, a matéria de 07out15, da mesma Veja:
Eu tão ofensiva essa matéria que vou reproduzir apenas a 1ª página. E mesmo assim para que não pareça ao leitor que não tenho motivos para estar indignado:
Encerro, leitor, com esse artigo do “conservador” e “liberal” Maílson da Nóbrega, com o qual também não concordo. A propósito, liberal é todo aquele para quem o mundo é de verdade. Tano que, ninguém sabe por que, assim que acaba a bonança, até os populistas de esquerda chamam um Levy (ou um Meireles) para consertar a economia. Por que, meu deus? Tanta gente que tanto sabia na esquerda…!:
A corrupção e suas oportunidades
“Nos tempos atuais, a corrupção se institucionalizou de forma inédita. Nas administrações petistas, a corrupção passou a ter método, regras, metas e objetivos. Sob orientação de um projeto de permanência no poder, buscava-se arrecadar fundos para financiar campanhas e comprar apoio político. No assalto ao Estado, muitos aproveitaram para enriquecer.
John T. Noonan, Jr. publicou um livro (Bribes, 1984) considerado o melhor já escrito sobre corrupção (a versão brasileira – Subornos – é de 1989). A corrupção, diz ele, tem sido praticada por diferentes pessoas, raças e credos. Há registros desde o Egito antigo e o Império Romano. Judas se corrompeu para trair Jesus por trinta dinheiros.
Em certas épocas, a corrupção rivalizava com a prostituição e a escravidão como motivo de condenação moral. O presidente americano Abraham Lincoln praticou suborno para conseguir a aprovação da emenda constitucional que aboliu a escravidão, mediante oferta de cargos no governo e de dinheiro em espécie.
Noonan contesta a ideia de que “a corrupção jamais foi quantificada” e de que “não há estatísticas sobre quantos aceitam ou vão aceitar suborno”. O mensalão e o petrolão lhe deram razão. No segundo, o maior deles, cálculos oficiais falam em perdas de 19 bilhões de reais. A Petrobras realizou baixa contábil de 50 bilhões de reais. E reconheceu estrago de 6 bilhões de reais em seu balanço de 2014.
Para André Lara Resende (Valor, 31/7/2015), o padrão do ser humano é ser honesto. A desonestidade seria a exceção. Em certas culturas, opta-se por não levar vantagem, “mesmo quando não há punição para o comportamento incorreto”. Lara Resende menciona o “capital cívico”, isto é, as crenças e os valores que estimulam a cooperação entre as pessoas. Quando ele é baixo, o Estado é visto como criador de vantagens. A corrupção instala-se, alastra-se e infeciona a sociedade. Algo familiar?
A corrupção é inibida quando há instituições que permitem detectar, investigar e punir os corruptos. Já melhoramos muito no primeiro aspecto. A tecnologia digital, os algoritmos e os softwares avançados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) criaram a inteligência para identificar movimentações financeiras suspeitas. Caiu o véu que encobria os crimes do petrolão.
Avançamos também nos outros dois aspectos. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam o petrolão de forma independente. A lei da colaboração premiada ampliou e acelerou os respectivos trabalhos. O juiz Sergio Moro completa o quadro com ação firme e segura, imprimindo velocidade inédita em seus despachos e julgamentos.
O Ministério Público (MP) intenta melhorar ainda mais o arcabouço institucional nesse campo. Para tanto, elaborou dez medidas contra a corrupção, constantes de vários anteprojetos de lei e um anteprojeto de emenda constitucional (www.combateacorrupcao.mpf.mp.br). O objetivo é conseguir 1,5 milhão de assinaturas para encaminhá-las ao Congresso como iniciativa popular.
A experiência mostra, todavia, que as punições previstas nas leis atuais e em novas dificilmente são suficientes para inibir a corrupção na amplitude necessária. Basta ver que o petrolão aconteceu e continuou apesar do impeachment do ex-presidente Fernando Collor e das sentenças do Supremo Tribunal Federal na ação penal do mensalão.
Como assinala um especialista no assunto, Robert Klitgaard, em entrevista às páginas amarelas de VEJA (13/5/2015), “a corrupção tem menos a ver com paixões do que com oportunidades. Se as condições estiverem propícias, haverá um incentivo para que ela ocorra”.
Um passo fundamental para coibir a corrupção é rever o papel do Estado na economia brasileira, incluindo a retomada da venda de empresas estatais. Por que não discutir a privatização da Petrobras e de outras vacas sagradas? No governo, o PT preferiu ampliar a ação estatal, reeditar controles de preços e restabelecer a arcaica regra de conteúdo local nos fornecimentos ao setor público. Tudo isso se transformou em canais para mais corrupção. O petróleo é o destaque mais triste, caro e visível.
Medidas institucionais não bastam. É preciso fechar janelas de oportunidade para a corrupção. “
Que texto “reaça”, hein, leitor?
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