1994, IDÉIAS PARA UMA ALTERNATIVA DE ESQUERDA… (o livro)

24ago.  “VIVA A CORRUPÇÃO!

Mas a mulher do ex-duputado João Paulo (PT/SP) não foi àquele banco, naquele dia, “pagar uma conta de tv a cabo“, ministro? Pelo menos, foi o que o então presidente da câmara disse… Só que, para a CPI DOS CORREIOS, ela teria ido lá receber um dindinzinho (50mil)… de Marcus Valério

Pena que até um outrora materialista radical também concorde:

…Lewandowski também entendeu que ficou “largamente provado” que os R$ 50 mil sacados por João Paulo Cunha não eram propina e, sim, quantia disponibilizada pelo PT para pagar pesquisas eleitorais. Para o revisor, as provas indicam que o dinheiro foi solicitado ao ex-tesoureiro nacional do PT Delúbio Soares, pois a região de Osasco era considerada prioritária para a legenda… (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=192002&id_secao=1)

QUANTA INOCÊNCIA!, em leitor?

Sobre materialismo: EM 2011, TODOS OS SONHOS SERÃO VERDADE?, O PLIN-PLIN E A VERDADE!, NADA MAIS DO QUE A VERDADE?, MULTIUSO8, UM GRANDE NEGÓCIO?, EM DEFESA DE KLEBER SALAZAR

22ago. CAIXA 2 (1)

“…Sequestrado e encontrado morto dois dias depois com oito tiros e sinais de tortura, em janeiro de 2002, o prefeito [Celso Daniel] acabara de ser indicado para coordenar a campanha presidencial do candidato Luiz Inácio Lula da Silva. E, de acordo com Ministério Público, ele teria sido eliminado ao discordar que parte do caixa 2 que sua cidade patrocinava não ia para os cofres do PT e sim para os bolsos de alguns petistas  (veja VIVA A CORRUPÇÃO!, VOCÊ JÁ VIU ESSE FILME? – parte 2…)

Desde que a denúncia veio à tona, o caixa 2 de Santo André foi negado com todas as unhas e todos os dentes. A começar por José Dirceu, presidente do PT à época. Negativas também vieram do ministro Gilberto Carvalho e de todas as estrelas de primeira grandeza.

Ninguém naquele início de 2002 considerava caixa 2 crime admissível ou menor. Muito menos imaginava que pudesse ser um dos principais argumentos para defender acusados de corrupção na Suprema Corte do país.

“É a mesma acusação que se tem hoje lá em Brasília”, argumentou o promotor Mario Augusto Friggi de Carvalho ao pedir a condenação de Elcyd Oliveira Brito, um dos participantes do assassinato do prefeito. Citou o depoimento de Rosângela Gabrilli, dona de uma empresa de ônibus, que dava todo mês R$ 41.800 para a caixinha do PT (lembra de  O QUE É ISSO, COMPANHEIRO?, leitor?)– R$ 550 por ônibus. E, detalhadamente, expôs a teia do caixa 2 de Santo André ao Tribunal do Júri de Itapecerica da Serra, município situado a 60 quilômetros de Osasco, onde o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), apontado como culpado pelo relator do mensalão, é candidato a prefeito… (O fantasma de Celso Daniel– Mary Zaydan)

na íntegra: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/08/19/o-fantasma-de-celso-daniel-por-mary-zaidan-461004.asp

CAIXA 2 (2)

“Todo caixa dois tem um crime antecedente. Um dos piores resultados possíveis do julgamento do mensalão seria a aceitação do caixa dois como fato da vida ao qual deveríamos nos resignar. Aceitá-lo como espécie de subcrime porque “política é assim mesmo”. Empresa que doa de forma clandestina tem propósito inconfessado ou dinheiro de origem criminosa.

Tempos atrás, quando surgia denúncia de que havia caixa dois numa campanha política a notícia ocupava espaço nos jornais e o país se indignava. Agora se infiltra uma cultura de aceitação resumida na frase “isso foi só caixa dois”.

Se isso ficar confirmado em sentenças amenas para esse crime, o Brasil estará abrindo uma enorme brecha para que o crime de corrupção se alastre…” (O risco de banalizar o ilegal – Miriam Leitão)

na íntegra: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=461011&ch=n

………1994, IDÉIAS PARA UMA ALTERNATIVA DE ESQUERDA… (o livro)

Isso aí acima, leitor, era o Lulismo. Certo? Que nos parecia… Uma

Embora gato escaldado, em 2002 votei nele. Digo “gato escaldado” porque, quando a Globo anunciou “O ex-operário Luiz Inácio da Silva é no ovo presidente eleito do Brasil“, em festa (eu assisti num telão ali no Rio Vermelho), o olho da gente talvez até brilhasse, mas não tanto mais por causa da estrela do PT, já bem profissa… Lembro que, passando – já de carro- em frente ao Centro de Convenções da Bahia numa daquelas repetidas manhãs de domingo em que saía pra me lambuzar do meu ainda filhote de passarinho, vim a saber que aquela galera paga batendo tambor era a nova militância do PT… Do PT ou do PFL, meu deus? PT, agora me lembro bem: o som dos atabaques, agogôs e berimbaus era o mesmo que Duda Mendonça botava para ACM. Velha curiosidade: Cesar Benjamim – um dos autores do livro acima e hoje afastado até do PSOL– saiu do PT ainda nos anos 90, quando quis saber (de LulaZé Dirceu; veja VOCÊ JÁ VIU ESSE FILME? – parte 2) de onde vinha o din-din das campanhas …

Atenção, leitor: este texto é posterior ao escândalo Waldomiro Dinis e anterior ao Mensalão e já foi ligeiramente publicado no site Sindjufe (2003). Digo “ligeiramente” porque, até então, um “artigo de servidor” apenas rolava literalmente na tela, entre outras notícias.  E, com elas, desaparecia (ainda não havia a seção ARTIGOS…). O título original era Quem te viu, quem te vê! (PT, saudações!): 

Em 1993, às portas de uma eleição presidencial, uma turma de reconhecidos intelectuais, militantes ou simpatizantes do PT montou um pequeno observatório do quadro brasileiro de então e pretendeu oferecer ao partido – então a própria causa nobre brasileira – um guia para quando chegasse ao poder. Com tudo na ponta do lápis, voltava-se esse observatório (ou laboratório) para o país, que esperava cerzir e desenvolver a partir de um Estado indutor de desenvolvimento social e econômico. Note, leitor: primeiro o social. Depois, o econômico! Por isso se chamou 1994, IDÉIAS PARA UMA ALTERNATIVA DE ESQUERDA À CRISE BRASILEIRA.  Felizmente, a editora Relume Dumará (RJ) o preservou para o futuro, precavida da História.

Eram nove ensaios que faziam de tudo para que o PT, no governo, fugisse à lógica tradicional da política brasileira (austeridade fiscal e alegria pra banqueiro/ “é dando que se recebe”/acordos de cúpula… ). Seriam outras as prioridades, sobretudo (ou pelo menos) éticas. Quem imaginaria, então, o PT impedindo CPIs? Não só a que trataria do Caso Waldomiro, mas, também, a do Banestado, que investiga uma das mais gigantescas operações de desvio de dólares, inclusive públicos?

Lembrete: essa CPI engasgou no congresso já graças, também, ao PT, cujos líderes impediam a convocação de … Paulo Maluf, a quem já defendiam (ver a entrevista de Pedro Simon na Caros Amigos nº 90, set/2004. Na época da publicação deste texto, a imprensa (“burguesa”, claro) falava, também, de certa promiscuidade entre futuras sedes do PT /Show Zezé di Camargo e Luciano/ Banco do Brasil (http://www.romildo.com/anabb/anabb_artigo_jor027.htm) e até do jogo do bicho, em Porto Alegre (RS).

No ensaio DISTRIBUIR PARA CRESCER – propostas para um governo popular e democrático, José Márcio Camargo, professor da PUC/RJ, alegava que o problema social não poderia esperar a estabilização [que viria com o Plano Real] para ser adequadamente atacado.  Prevenido contra a mesmice, ele parecia recitar, de Cristóvam Buarque [então petista], A Desordem do Progresso- o fim dos economistas e a construção do futuro, de 1990, cuja ideia central era de que o social deveria submeter o econômico, devendo os economistas incorporarem a ética (neste caso, a preocupação com os efeitos sociais dos seus programas) como parte essencial da própria economia (fl. 39 e 72). Dizia:

“…somente se conseguirmos desenhar uma estratégia de desenvolvimento que coloque o problema da pobreza e da distribuição no centro da atuação do governo, ligada estruturalmente ao funcionamento da economia, é que conseguiremos resolvê-lo…

Logo,devemos apresentar uma proposta de programa que seja capaz de atacar esses problemas de frente e não um programa que tenha como foco a retomada do crescimento econômico e, como subproduto, um conjunto de políticas de compensação para minorar o problema da pobreza”

Concluindo:”… a estabilização econômica deve ser um instrumento para resolver os problemas estruturais, e não um objetivo em si mesmo (…) Estabilizar e atacar os nossos problemas estruturais devem ser nossas prioridades absolutas” (fls. 109, 121)

E quando a gente vê uma escola como aquela (no CQC), em leitor? 50 milhões (cinquenta!) de 2009 para cá, e “o santiário é onde dé certo…“. Veja: http://www.youtube.com/watch?v=WhwcZFBJI9g. Será mesmo que é só a grande política a banda podre do Brasil, meu deus? Fico com João Ubaldo (veja VIVA A CORRUPÇÃO!).  Isso aqui não é lugar de gente, não, galera! Lembra que o Sindjufe chegou a ameaçar a Presidência da República com a promessa de um movimento (talvez nacional) popular por 10% do PIB, para a educação? Cheguei até a brincar: “será que, se Dilma conseguir segurar o PCS, vem essa campanha, mesmo?” (veja FALSO BRILHANTE ou FINA ESTAMPA?). Hoje, a gente sabe que era tudo brincadeira, e que o nosso problema não é dinheiro, né? É vergonha! Quer dizer: é, também, dinheiro, né? Pelo que mais se faria algum tipo de greve, no país? Sigamos:

Sérgio Goldenstein, ex-técnico do DIEESE e, então, na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, lembrava que …foi justamente a oposição ao tipo de desenvolvimento econômico gerador de injustiças sociais flagrantes e crescentes que reuniu diversas frações da sociedade brasileira para fundar o PT e lutar pela construção de um novo modelo, cuja intenção fosse a distribuição mais equânime da renda nacional.  Alicerçado no compromisso de estabilizar integrando, este professortambém destacava que um programa petista não poderia se render à  posição conservadora, visto apenas como  “um plano técnico de austeridade fiscal e de recuperação do valor da moeda” (SEM MEDO DE SER GOVERNO- algumas idéias para um programa “progressista” de estabilização econômica),fls. 123, 124.

Em ESTADO E DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA – propostas para um projeto contemporâneo, José Ricardo Tauile, professor titular de economia industrial da UFRJ, diagnosticava, de cara, que a questão mais fundamental para o Partido dos Trabalhadores seria formular um projeto que estabelecesse objetivos realmente novos, tendo como meta a incorporação à vida econômica do país de amplas camadas marginalizadas da sua população. Para tanto, o Estado deveria ser colocado em sintonia com o “capitalismo organizado (expressão de Maria da Conceição Tavares), apoiando as forças produtivas locais.  Aliás, Cristóvam já dizia, em 1990, que a economia não só deveria ser vista “como um meio para realizar objetivos maiores”, como deveria estar subordinada a um projeto nacional que, embora se compreendesse como parte de um mundo de múltiplas relações, devesse definir com autonomia os seus propósitos, condicionando-os, sempre, aos interesses nacionais (A Desordem do Progresso- o fim dos economistas e a construção do futuro, fls 65 e 76). Era o seu nacionalismo cosmopolita”.

Leitor? Se ligue:

O sociólogo Emir Sader, da USP e do Instituto Cajamar, em O PODER, CADÊ O PODER?- Do Palácio de Inverno ao Palácio do Planalto passando pelo Palácio da Moneda,  perguntava  se O PT, uma vez no governo:

1)  poderia deixar-se engolir e paralisar pela nossa secular institucionalidade construída;

2) se poderia ser vítima de alianças queLULA, ROSEANA SARNEY descaracterizassem o conteúdo fundamental de seu programa;

3) e  se poderia fracassar, pela renúncia aos postulados fundamentais de transformação da sociedade e do mensaleiros, CULT-grace-facebooksistema político, na direção de uma democracia radical, solidária e humanista (fl.65).

KKKKKK! “SERRI, GENTE”

Respondia que um projeto de hegemonia das classes subalternas requeria a combinação da luta institucional com um programa que unificasse as grandes maiorias nacionais, a sua mobilização e a permanente luta ideológica que demonstrasse de modo convincente a superioridade social e moral dos valores da democracia radical, do humanismo, da solidariedade e da ética (fl.79).

Que sonhador, em leitor?

 Luiz Pinguelli Rosa, coordenador do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, arriscou aidna mais [o mundo todo acreditou, leitor! O PT chegou ao poder com o mundo aos seus pés. Mas, aí, ele achou que deveria comprar o mundo. E importou – talvez de Minas – o Mensalão], dizendo que a tarefa do PT no poder seria dar um rumo ao país com um projeto nacional que assumisse o lado dos trabalhadores, dos mais pobres, dos oprimidos e dos verdadeiros democratas de todas as classes sociais, sem discriminações, urdindo socialmente para a redução das desigualdades. Ressaltava, inclusive que o PT teria que assumir o conflito e se afastar das posições liberais neo ou old. E por tratar de um projeto de mobilização da sociedade para a sua própria transformação, o professor assumiu que o PT deveria se abrir, sim, a alianças amplas para governar com estabilidade, mas sem abdicar de si mesmo, sem se disfarçar de socialista arrependido, nem de cristão novo do liberalismo. Essas alianças, ele dizia, teriam que ser feitas com definições claras, para que se tivesse consciência dos recuos e de onde se queria chegar – A SEDUÇÃO DO LIBERALISMO E OS MITOS DA PRIVATIZAÇÃO E DA MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA,  fls. 33 e 38.

Denunciando uma “crise de crescimento rumo à maturidade” que o PT já viveria ao completar os seus treze anos, o então vereador carioca Chico Alencar (hoje no PSOL), já dedava que … o PT precisava se repensar profundamente para continuar sendo  a melhor possibilidade partidária do país, sob pena de, distanciando-se do “sentir da sociedade”, correr o risco de ficar “bem comportado, com educados hábitos social-democratas, sem voltar jamais a cair na vida”­- SOBRE O PT: SOBRA O PT? fl. 80.

Talvez o deputado tenha se enganado. Ninguém mais do que o PT caiu na vida.

Em O MODO PETISTA DE LUTAR NO PARLAMENTO, o assessor da liderança do PT na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, Léo Lince, ferrava o boi com a marca PT, partido de militância [e era mesmo!], cravando que o Partido dos Trabalhadores, vindo de fora do Estado autoritário e do baixo da sociedade, era a expressão política do movimento popular organizado, de uma nova cidadania que demandava e fornecia alento para um processo de renovação das nossas praticas políticas, não podendo, jamais, deixar “de se mover nos movimentos sociais como um peixe dentro da água”. Não tendo vocação para a mera vida institucional nem para gueto conspiratório, o PT, segundo o autor, seria portador de um patrimônio originário centrado no desafio de profunda transformação da realidade social brasileira e na aposta radical de operar essas mudanças por meios democráticos (fls. 92,93 e 100).

Não se pode negar que, realmente, muita coisa mudou, né, leitor? Sejamos justos. 

O filósofo Leandro Konder, clássico prosador da ciência política brasileira (veja A GUERRA QUE ELES NÃO PODEM PERDER), semeava as suas TESES SOBRE POLÍTICA CULTURAL, dizendo que, sendo a cultura o nível da atividade humana onde se alteram e/ou se confirmam os conceitos, as forças empenhadas em mudar o contexto sócio-econômico brasileiro não poderiam deixar de se empenhar, também, na criação de uma nova mentalidade, com novos costumes, novas idéias e novos valores éticos. Da tradição de pensadores aferrada às possibilidades da democracia, o importante comunista mantinha a sua fé na ampliação da participação e dos princípios do pluripartidarismo, alternância no poder, proteção aos direitos individuais, liberdade de organização e de expressão. Por isso, convocava  os democratas radicais a, no poder, promoverem a “participação ampliada, concreta e efetiva”… (fls. 159, 162 e 168). 

 Por fim, o economista e pesquisador do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, César Benjamim (http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sar_Benjamin) explicava as razões macro-econômicas da crise social brasileira dos anos oitenta:

…um grande país, marcado por uma história de crescimento rápido, completa seu ciclo de industrialização tradicional e se mostra incapaz de enfrentar com êxito dificuldades internacionais; continua, não obstante, a gerar alto excedente e altas taxas de lucro; e pára de crescer, submerso numa crise inflacionária prolongada…

Era o que ele chamou de esfinge. Para decifra-la, propôs uma nova racionalidade, que, superior à meramente burguesa, fosse capaz de articular o conjunto da nação e estruturar um projeto nacional fundado na nossa vocação para o crescimento (já que tínhamos recursos naturais, território, população e base produtiva moderna…) e na reorganização da nossa vida social

Será que ele mirava na China? Veja como o esse então cabeça-petista iria lembrar o velho e bom Darcy (Ribeiro), leitor, o ideólogo de uma américa latina autônoma e o gigante da educação brasileira que gozou a vida forçando as portas da nossa história para que o país deixasse de ser  medíocre e conquistasse a si mesmo:

O ponto de partida para essa nova etapa nacional seria a ruptura com a macro-economia do curto prazo e a sua substituição por uma série de políticas públicas (que ele longamente pontua) de valorização do patrimônio social e natural do país, buscando construir um novo imaginário nacional (uma nova hegemonia). A intenção era fugir à mesmice e à mediocridade com utopia e viabilidadeNo lugar do mero velho desenvolvimentismo – atacado por ele pelo seu passado de riqueza por lado e miséria por outro – e da alternativa liberal, esse então membro do Diretório Nacional do PT oferecia uma utopia alternativa baseada na reforma social, sabendo que a nossa crise não poderia ser resolvida sem perdedores.

 De mãos dadas com Cristóvam e já martelando que a política econômica de então vinha sendo tratada como coisa em si­, desvinculada da idéia de metas e sociedade – inclusive dentro do PT- Benjamim insistia que a política é que era importante, e não a economia… Benjamim, como Buarque, suscitou – e continua suscitando – por uma nova agenda nacional  e de uma nova macro-economia voltada para um mercado interno de massas que nos corrigisse os rumos.  DECIFRA-ME OU TE DEVORO (fls. 13, 22, 23, 24, 25, 27 e 30).

Admitamos que a radicalização da democracia brasileira, a ser feita de ética, participação, desenvolvimento e justiça social, marca do PT-de-origem, não se cumpriu e, pelo jeito, não vai se cumprir sob Lula. Por quê? Porque o PT que chegou ao poder foi outro. Aquele primeiro bico generoso bolinou, mas não chegou a romper a casca do ovo. Fora derrotado pelo atual, que, cooptado, transformou-se na própria lógica que o primeiro combatia (lembremos que ACM saiu incólume do escândalo do grampo graças ao desinteresse – também – da atual Casa Civil).

Dúvida: pode um partido de esquerda pretender tornar-se de massa, sem se deteriorar? De massa, lembremos, quer dizer de acordo com a hegemonia…

Veja, também:

NADA É TUDO

PARTIDO DA CLEPTOMANIA DO BRASIL

EM DEFESA DE KLEBER SALAZAR

O FESTIVAL DA CARNE: CARNAVAL

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2 respostas para 1994, IDÉIAS PARA UMA ALTERNATIVA DE ESQUERDA… (o livro)

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