23set. ENCANTADO
Meu deus, como é que eu vou viver, agora, sem Bartira, Lilica, D. Neusa, Rosa, Ternurinha…? Um pouco de Dora sempre se vê, mas aquele sotaque, aquela pobreza de pose, aquela riqueza de princípios, aquela hombridade, aquela vida simples… Obrigado, Globo. Se vale a pena ver de novo, repita Gabriela.
22set. ELE DE NOVO
Das 60 visitas de ontem, quase 10% foram para O POVO
NÃO É BOBO, ABAIXO. Por quê? Talvez a assembleia geral de ontonte e a local de ontem(TRT) deem alguma dica. Ia passando e vi umas duas ou três almas sentadas. É possível até que, no microfone, a dirigente tenha lamentado (mais ou menos):
‘…o que vemos é isso aqui. É como se dissessem: “lutem por mim…”
Independente desse num tô nem aí já ter sido bom ou não (que poder não gosta de uma certa inércia, de um certo imobilismo, né,?), em certo momento da assembleia geral, o bicho pegou. Depois da intervenção de uma colega do SDFS (Carla), que saiu do seu setor para rebater um comentário feito por outra dirigente (talvez a mais antiga), a chapa esquentou mais ainda. Uma representante do RENOVA SINDJUFE falou em “cadeiras vazias”; uma certa dificuldade enfrentada na Fenajufe … e diversidade. Pra quê?
Na vez do …, o pau quebrou. Ele falou que o Renova tava em campanha eleitoral (ele não, viu?); que distribuía “material escrito” (ele não, viu?); que usava até camisa com o nome do grupo, enquanto ele (e a primeira dama) usava camiseta do PCS … Chegou até a dizer que onde a corrente política do Renova ganhou eleições, as pessoas viviam pedindo para “o pessoal anterior voltar” …! Êta! Imagine quando estiver em campanha. E, apesar do “…Ah, não, não tô aqui pra ouvir essa baixaria … palhaçada”, etc, etc, da platéia, em especial da de Feira de Santana, Ele foi bem claro com a baixinha do TRE:
“…companheiros, lembro que (com voz embargada) a banda que contratamos para uma manifestação no Iguatemi teve de tirar a camisa da CTB… É isso que é diversidade?
Foi grande o esforço que fiz para conter as lágrimas. Como alguém pôde pedir para os músicos pagos pela gente se despirem da propaganda política de uma central sindical que não é nossa (ainda!)? Gente, a CTB é do PCdoB, mesma corrente que há 20 anos dirige o nosso sindicato … Por que tanta intransigência? Só porque o … chamou de diversidade a si próprio? Pelo amor de deus…
Mas, quente mesmo foi quando Hilton 50 , depois de falar em “fascismo” e justificar o uso do termo, bradou:
“…vamos disputar as eleições, sim. E vamos ganhar! … Você tá é com medo, …”
Humm! Será isso o que dizem as cadeiras vazias? Brinque com o povo…
ENQUETE4
……………………………….VOCÊ JÁ VIU ESSE FILME? – parte 2
Pra quem não sabe ou lembra, Fernando Collor, o furioso adversário de Lula Lá (1989), levou um bocado de pasta para o último debate, “…dando a entender que não só dominava vários assuntos, mas que, numa delas, poderia haver novas denúncias contra Lula…”, como ressalta o ótimo NOTÍCIAS DO PLANALTO – a imprensa e Fernando Collor [CIA DAS LETRAS, SP, 1999, fl.257]. BLEFE ou não, o fato é que Lula esteve irreconhecível naquele segundo e definitivo round. Teria passado a noite em claro, mordido pelas declarações da mãe de Lurian, sua filha adolescente sobre a qual nem no PT se sabia. De crista baixa e sem querer nem mesmo folhear os dossiês anti-Collor preparados pelos partidos da Frente Brasil Popular…” [Luiz Maklouf, JÁ VI ESSE
FILME, fl. 78], Lula e o PT teriam sido ingênuos demais naquele debate, segundo Ricardo Kotsho, o então assessor de imprensa do “candidato do povo”. Para ele, ainda de acordo com a mesma fl. 78, Lula agiu fora dos padrões da política real, o que teria valido a pena, ja que o partido “…não abriu mão da bandeira da ética…”. Bacana, né?
Pode-se exclamar: QUANTA DIFERENÇA!? Bem, embora ainda não tivesse posto a mão em qualquer massa – sendo, portanto, a linda virgem dos lábios de mel que a todos encantava– na verdade o PT já tinha tido um ligeiro rala-e-rola com seu arquirrival e colega de geração PRN (Partido da Reconstrução Nacional), filho do então repugnante “caçador de marajás’ Fernado Collor. Como nenhum dos dois queria Brizola no segundo turno, “… onde o PT não tivesse fiscais, os do PRN se encarregariam também de controlar os votos para Lula. E onde o PRN não contasse com fiscais, os do PT cuidariam de evitar fraudes contra o PRN…”, segundo o incrível NOTÍCIAS DO PLANALTO já citado, fl.219 [veja mais sobre
esse livro em O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO…, CABA NÃO, MUNDÃO, MULTIUSO8 e CRIME OU ARTE?]. O amor é lindo e ninguém é bobo, né? Antes, portanto, de retornar à famosa entrevista de Paulo de Tarso [veja VOCÊ JÁ VIU ESSE FILME? (have you ever seem that film?)– parte 1], passemos rapidamente pelo revelador CASO DO DEPUTADO CORRUPTO, que, como os negócios com as prefeituras paulistas, mostra um Lula e um PT já bem espertinhos na vida sexual ativa da corrupção.
O deputado era o temido Ricardo Moraes, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas. Crimes confessos pelos quais fora expulso do PT local: corrupção, escuta clandestina de telefones e invasão do prórpio sindicato (com uso de pé de cabra). Esse deputado federal tinha mexido os pausinhos para que o sindicato que ele controlava emprestasse um bom dinheiro a cinco outros do PT (ele próprio, José Genoino, Paulo Rocha e mais dois) sem que houvesse intenção manifesta de pagar… Pelo menos até esse escândalo ainda inédito no PT aparecer nas páginas de O Estado de São Paulo (10/05/93).
VIDA E OBRA DOS FATOS:
- quando presidente do sindicato, Moraes também recebia salário da Phillips e já havia feito um empréstimo pessoal para construção da própria casa, embora a entidade não dispusesse de linha de crédito para qualquer filiado (fl. 113);
- ninguém sabe onde o segundo e mais amplo empréstimo (em dezembro/91, CR$9,4 milhões) foi parar;
- Lula e o deputado federal que era secretário geral do partido e também relator do caso em esfera nacional ( Zé Dirceu) sabiam da operação e do calote desde o começo, segundo o Diretório Municipal de Manaus e o próprio Moraes – que, em depoimento escrito, disse à Comissão de Ética local ter tratado do assunto diretamente com o próprio Luiz Inácio Lula da Silva, presidente nacional do partido;
- apesar de ganhar a imprensa local, o escândalo foi abafado no PT, tendo o seu então presidente nacional (Lula), em plena Caravana da Cidadania, dito o seguinte: “…estou viajando desde o dia 23 de maio e não leio jornais…”
- em defesa da sua honestidade e não expulsão definitiva do partido, o deputado Moraes conseguiu dezenas de moções assiandas por outros sindicatos locais, tendo tido o cuidado de pagar toda a dívida, depois da primeira reportagem;
- expuslo do PT, filou-se ao PSB de Arraes e ofereceu a Lula “uma grande recepcção” quando da passagem da referida Caravana (aquela alimentada pelo dinheiro desviado dos contribuintes paulistas) por Itacoatiara (AM), estando o tempo todo ao seu lado, “sem constrangimento de qualquer parte” fl. 122);
- não houve pedido para que a mesa da câmara abrisse porcesso de cassação de mandato” (fl.122). As informações deste bloco estão entre as fls. 107/125.
Entende-se agora o que o Governador Wagner quis dizer com “… um homem totalmente da política…”, ao se referir ao ex-mito e grande mestre da política nacional e à sua “tolerância”, né, leitor? É lindo e tal, mas custa caro: 05 séculos de corrupção, até agora!
“…É claro que o presidente Lula, por ser um homem totalmente da política, acabou sendo mais tolerante que Dilma com o gênero humano e seus erros. Ele sabe que para governar é preciso, muitas vezes, conviver com pessoas que não têm o mesmo padrão de comportamento. Nesse aspecto, a presidente Dilma tem uma bem-vinda taxa de intolerância muito grande. A intolerância tem que ser no conteúdo e não na forma. É chamar o cara e dizer: “Bye, bye”. Mas, para não ficar impressão errada, não me consta que, com Lula, tenha havido movimentação para impedir o trabalho da PF ou do Ministério Público Federal. Mas Lula é um cara mais martelado na vida da política, desde o sindicato…”
http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/158337_LULA+FOI+MAIS+TOLERANTE+
Será mesmo que temos o direito de ir direto para a segunda parte da entrevista de Paulo de Tarso, sem passar pelo DECRETO DA MAMATA e por duas brilhantes frases de Dirceu e Lula, leitor?
DECRETO DA MAMATA (DECRETO Nº 6.381, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008)
Art. 1o Findo o mandato do Presidente da República, quem o houver exercido, em caráter permanente, terá direito:
I – aos serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal;
II – a dois veículos oficiais, com os respectivos motoristas; e
III – ao assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, nível 5.
Art. 2o Os servidores e motoristas a que se refere o art. 1o serão de livre escolha do ex-Presidente da República e nomeados para cargo em comissão destinado ao apoio a ex-Presidentes da República, integrante do quadro dos cargos em comissão e das funções gratificadas da Casa Civil da Presidência da República
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6381.htm
FRASE DE LULA
“notícia de verdade é aquilo que a gente não quer falar. Aquilo que a gente tá doidinho para falar não é notícia, é publicidade”
(Improviso do presidente em 10/09/03, durante a inauguração do site da Secretaria de Imprensa do Planalto, segundo a Folha de S. Paulo, in Maklouf, op. cit, fl. 5)
FRASE DE DIRCEU
“… os grandes grupos econômicos, o capital financeiro os grandes bancos, a classe política conservadora, não querem o PT no governo porque o PT vai mudar o modo de governar o Brasil, vai… [atenção, leitor!] … vai combater a corrupção a ferro e fogo…” (Maklouf, op. cit, fl. 414)
Você acha que deveria haver um órgão regulamentar (um Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária – CONAR) para a propaganda política, leitor? O engraçado é que toda vez que foi pego no flagra, ao invés de falar em AUTOREGULAMENTAÇÃO MORAL, o PT falou em CONTROLE DA IMPRENSA, que nada tem a ver com DEMOCRATIZAÇÃO. Tá lembrado de A PULGA, O BURRO e AS NORMAS (edição especial)?
Se você não leu a primeira parte (VOCÊ JÁ VIU ESSE FILME? (have you ever seem that film?)), você vai pegar o bonde já a 130, 140 por hora, que é como estava o carro oficial em que Paulo de Tarso fugia dos três homens que o cercaram na rodovia do Trabalhador. Paulo de Tarso, você sabe, né (o então importante militante e primeiro denunciante público das maracutaias do PT)? Antes daquele episódio, ele havia passado o dia na sede do governo paralelo (já pensou? O que se diria, se o paralelismo fosse dos outros?) com o presidente do PT (Lula), Paulo Okamoto, Frei Beto, etc, tendo batido as vistas, também, em Zé Dirceu. O que ele foi fazer lá? Demonstrar documentalmente a Lula o esquema da CPEM, que já rolava desde a administração do PRN na prefeitura de São José dos Campos, comquistada pelo PT. O que Lula achou? Muito grave, mas que uma solução tinha que ser encontrada, segundo a fl. 162. Para isso, articula-se mais de uma reunião com os irmãos Teixeira, e a segunda Caravana da Cidadania quase não sai porque a CPEM não tinha passado a grana (fl.167). Enquanto isso, aumenta o rolo compressor contra o entrevistado:
- o deputado Arlindo Chinaglia o procura e avisa: “estão puxando o teu tapete”;
- a Câmra Municipal (S. José dos Campos) o intima para depor;
- com informações que a própria prefeitura não tinha, a CPEM publica matéria paga nos jornais locais; e
- a prefeita (Ângela Guadagnin, que viria a rebolar no plenário da câmara dos deputados, em honra à não cassação de seu colega João Magno, outro altruísta do mensalão :http://www.youtube.com/watch?v=FE3rueE927M ), o exonera.
Na época dessa dança louca, enviei várias mensagens, inclusive para o meu órgão de classe. Texto:
DESBUNDE TOTAL
A cena daquela mulher rebolando aquele corpo redondo e sem pudor pelo teatro da Câmara foi um golpe sórdido da História, inclusive contra o PT. Não sei se a moral anã da Era Collor, que esta diminui, teria alcançado tamanha indulgência.
Como a cartilha de termos politicamente corretos inventada por este incrível governo definiria a dança daquela senhora? Corruptela?
Luiz Estrela, um cidadão, Salvador/ba
Não entendi por que o www.sindjufeba.org.br – de esquerda e natural apóstolo da Moralidade– não publicou.
Você lembra de “… Atenção, leitor, se ligue porque você vai ter uma surpresa quando souber quem pediu a exoneração de Paulo de Tarso…” (VOCÊ JÁ VIU ESSE FILME? (have you ever seem that film?))? Chegou a hora:
“… os outros secretários tinham até uma ciumeira por causa da relação que ela tinha comigo e eu tinha com ela. Aí ela acaba falando que eu fui exonerado a pedido do Paulo Okamoto, representando a direção nacional, e do Paulo Frateschi, representando a direção estadual…” (fl.168)
Dói, mas não podemos negar: também no partido da ética, o sistema derrotou a integridade, a competência e a cidadania! Lembremos que o militante histórico Paulo de Tarso havia mais que dobrado a arrecadação do município sem aumento de imposto e, até se chocar com a Santa Corrupção, foi considerado “…o melhor secretário, com os melhores resultados concretos (…) a prefeita me adorava (…) andava comigo de baixo pra cima, todo mundo me elogiando na cidade …” (fl.160)
Segue a entrevista (vá até o fim que você vai ver até “dinehiro em saca de milho”):
…quisesse convocar uma entrevista com certeza acabava com a candidatura do Lula. Mas, ao contrário, eu trabalhava na campanha, participando de um grupo de economistas, com reuniões aqui em casa (fl.170)
Leitor? Tá ligado? Vai rolar um hotel, um bar, um papo … E o nome Ormetá:
Leitor, tá lembrado de “… o interesse público não existe na natureza. Quem existe é o privado, que, forçado, pode criar e até defender o público. Forçado!…” (veja MULTIUSO8)? Depois de “pelo menos“, o utópico Paulo de Tarso fala de caráter, honestidade X interesse e carreira pessoal, temas já tratados aqui, pelo menos, em O DILEMA DA REALIDADE e O SISTEMA É BRUTO, MAS FALHO – parte 3.
Agora veja o que, de fato, levou o homem que combateu a mala preta petista a denunciar. Veja do que são capazes os valores e, contra eles, qulaquer “PFL”. Tem uma piadinha, também:
Depois de se declarar “antilula”, debulhar uma série de raciocínio lógico sobre a relação Lula/PT/CPEM e afirmar que a Administração Erundina também sofreu pressão para aceitar o esquema (sem êxito), Paulo de Tarso diz por que continua petista e, apesar do que nem ele imaginaria (o Mensalão), é provável que tenha se equivocado:
Fim da entrevista, mas não do livro. Paulo de Tarso enfrentaria uma série de processos judiciais (inclusive “QUEIXAS-CRIMES”) movidos por de Lula, Zé Dirceu, Roberto Teixeira e PT, sem perder nenhum. Veja um dos desfechos (muito próximo, aliás, do encontrado em O POVO NÃO É BOBO…) abaixo:
“… a denúncia séria fa parte da função da imprensa, responsável pela descoberta dos mais diversos casos de corrupção e desvio de numeráiro público (…) se o próprio estatuto do PT firma como obrigação do filiado denunciar corrupção, não se vislumbra na reportagem qulquer animus injuriandi ou intenção desmedida de prejudicar ou lesionar a hora do autor (…) Nao se pune alguém pela interpretação dada às suas palavras (…) Se alguém que participa da política não quer se sujeitar às críticas (…) não deve dela participar…”
Sentença do juiz Mattos Barroso (fl. 268)
Estando do lado certo, mas não do que venceria, Paulo de Tarso Venceslau ainda não mereceu qualquer honoris causa, apesar do que poderia ter evitado. Exemplo? Aquelas mortes de prefeitos do PT paulista, tão pouco notadas pelos companheiros já no Planalto e o próprio Mensalão.
Curiosidades:
- ‘…na campanha eleitoral do Sindicato dos Metalúrgicos de S. Paulo, soube [Lula falando] que um militante da Tribuna Operária (do PcdoB) distribuia exemplares de apoio à chapa da situação, liderada por Joaquim dos Santos de Andrade, o Joaquinzão. Ora, há três anos a Tribuana era conta o pelego, chegou a tirar um núemreo especial fazendo graves denúncias contra Joaquinzão! Lula localizou o exemplar e nesse dia fez o discurso de sua carreira: “companheiros, hoje não vou falar. Só quero que o companheiro da Tribuna suba aqui, diga se esse jornal é deles e explique quem mudou: eles ou o Joaquinzão.”’ (fl..22)
- “… realmente, tenho medo dela…” – Lula referindo-se à IMPRENSA, maio de 1978 (fl. 25);
- “…nem o Fernando Henrique, nem o Paulo de Tarso, com uma acusação falsa, pode mexer com a trajetória do Partido dos Trabalhadores …”- Lula, fl.197;
- “…foi cheia de irregularidades [primeira gestão Celso Daniel], tanto que ele foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado e condenado no caso da CPEM. Do ponto de vista da ética (…) não foi nenhum exemplo (…) O comportamento ético da moralidade pública deixou muito a desejar (…) desde a primeira gestão do
Celso essas denúncias estão aí (…) O Celso representa a alta burguesia da cidade. Eu sou de uma origem operária, trabalhador cassado do sindicato (…) condenado pelo regime militar (…) E o Celso nunca passou por isso, nunca trabalhou (…) mas o que nos fez rachar foi eu ser trabalhador, peão, macacão. O Celso não gosta muito da aproximaçao com essa classe – a não ser em tempo eleitoral… – José Cicote, fls. 210 e 212;
- “…esse desgraçado [Paulo de Tarso] vai ter de ir à justiça (…) porque ele não pode ficar a vida inteira dizendo: ‘eu acho, eu acho, eu acho’. Imaginem vocês se eu levangtasse com a mania de dizer que eu acho que Vera Fisher quer dar pra mim (…) Se dependesse de mim, o Paulo de Tarso teria sido expulso do partido quando entregou aquela carta …”- Lula (fl.285);
- Quando Lula se enrolou todo com o caso do terreno da sua mulher (ela o teria herdado junto com 11 irmãos e Lula o teria vendido para a compra do cobertura de 180m … Só que o cartório respectivo não registrou a tal venda, assim como o Detran não anotou a transferência do ômega para o compadre e amigo Roberto Teixeira…, como declarado por Lula (fls. 305/307). O então candidato à presidência preferiu não mais tocar no assunto com a imprensa. Só na justiça. Processou e perdeu, como visto. O seu argurmento: “A LIBERDADE DE IMPRENSA NÃO É ABSOLUTA”. Como a história é pouco criativa, né, leitor? Veja O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO…, LÁ e CÁ. MAS FALTA UM LÁ, VOCABULÁRIO DE IDEIAS PASSADAS …
- “…os métodos internos foram sendo transformados perigosamente para atender a interesses pessoais ou de grupos (…) Militantes petistas são perseguidos e até
demitidos por não seguirem ‘a cartilha’ do chefe do executivo (…) o PT dá mostra de sua involução: enquanto socialmente defende o financiamento público das campanhas eleitorais, internamente reforça o financiamento privado (…) Combatíamos sem trégua o nepotismo. Bastou chegarmos ao poder para demonstramos que a nossa sogra, esposa, cunhada, etc, é diferente das sogras, esposas e cunhadas dos outros … (José Fortunati, carta aberta, 10/09/2001, fl. 415)
- “…Roberto Teixeira entrou com uma ação de indenização por danos morais contra o Estado de São Paulo (…), o jornalista Luiz Maklouf (…) e o economista Paulo de Tarso (…) Ele pediu, na mesma ação, uma liminar que proibisse os repórteres e o Estadão de fazerem ‘qualquer referência (…)’ à relação de compadrio com Lula…” (fl. 590); Ô, Marx não dizia que a Histórianão se repete? Só uma multa pesada nele (veja INSENSATO CORAÇÃO e O SISTEMA É BRUTO, MAS FALHO – parte 3)
- “Sílvio [aquele do Land Rover], Delúbio, essas pessoas foram postas no entorno de Dirceu. Silvinho, por exemplo, sempre foi uma pessoa medíocre no PT
. Foi alçado a dirigente por Zé Dirceu e virou pau-mandado. Assim como Delúbio (…) Zé Dirceu era o grande comandante desse pessoal (…) A máquina partidária era controlada a mão-de-ferro por ele (fl.592) (…) Delúbio (…) é um sindicalista do interior de Goiás, professor de carreira do Estado, neófito em São Paulo, nunca circulou nas rodas do poder e, de repente, adquire amizade sólida com um grande operador chamado Marcos Valério… (Paulo de Tarso, fl.593)
- “…Nos anos 90 (…), o Silvinho ficava exibindo grife italiana, roupas, sapatos carésimos. Todo mundo se espantou: qual é a desse cara? Todo mundo pagando para trabalhar (…) Ele veio pro PT com 17 anos de idade e nunca saiu da máquina do PT. Um cara que veio de uma comunidade de bairro da igreja, da periferia de Osasco, de repente andando de Land Rover …” (idem, fl.594);
- “…é um canhão a laser para acertar uma rolinha…– Presidente estadual do PT, André Vargas”; “é o milhão contra o tostão…” – um dos concorrentes (PFL) de Zeca Dirceu. Ambos criticam o poder econômico do filho do Zé, que gastou R$600.000,00 em 2004 (três vezes mais do que a soma de todos os seus adversários) para tornar-se prefeito (PT) de Cruzeiro do Oeste/PR. Salário da época: R$6.000,00 (seriam necessários 100 meses para igualar o capital, mais do que o mandato. Seria UM GRANDE NEGÓCIO?). Detalhe: Zeca só dava entrevista à imprensa local, toda ela engajada na campanha (fl.547);
- “…eles fizeram a campanha sem usar contas bancárias, só com
dinheiro vivo (…) eu não posso provar, mas o dinheiro chegava aqui até em saca de milho…” – Pedro Fallone, taxista e militante que sustentou o PT por dez anos em Buriti Alegre/Go, referindo-se à campanha do candidato A prefeito imposto por Delúbio Soares. O Del Rey/86 do taxista sumiu junto da Toyota 0KM do tesoureiro do PT (fl.555/556);
- “…fui até o modesto sítio de seus pais, em Aracati, sua terra natal (…) e os vi fecharem a porta da casa, pedindo desculpas, com vergonha do filho repentina e miseravelmene famoso…” – Luiz Maklouf, referindo-se a José Adalberto Vieira, o ex-asseossor do deputado estadual cearense José Nobre Guimarães que foi preso em flagrante com R$200 mil em uma maleta e US$100mil na cueca. O deputao mencionado é irmão de José Genoino, então preisidente do PT.
Essa galera tem motivos pra não gostar de imprensa, leitor?
O livro JÁ VI ESSE FILME ANTES- Reportagens (e polêmicas) sobre Lula e o PT 1984-2005) [Carvalho, Luiz Maklouf. São Paulo, Geração Editora, 2005] foi um brinde do site LEIALIVRO, em atenção à resenha É MUITA ONDA (do livro ELOGIO DA SERENIDADE E OUTROS ESCRITOS MORAIS/Norberto Bobbio), premiada.