BAILINHO DE QUINTA

DIA DO BASTA2

Um PIB da Bolívia –R$40 BI- some do estado brasileiro em 7 anos. Que tal? Bom NEGÓCIO, leitor? Veja esse papo entre três grandes jornalistas e entenda como a “imprensa burguesafaz tanto mal  ao país (a não burguesa, não:  bocapio. Diz o radialista Mário Kertzs que ela cumpre a etiqueta mínima de não falar de boca cheia. Será?). Curta: http://www.youtube.com/watch?v=PTDIhB09uWA&feature=shareVale a pena. Querendo, dê uma olhadinha em  PARTIDO DA CLEPTOMANIA DO BRASIL, PARABÉNS, VEJA!, EM DEFESA DE KLEBER SALAZAR

postado por Ulisses Cerqueira no facebook.

DIA DO BASTA (de corrupção…)1

21 de Abril às 16:00h,  em todo Brasil. Veja mais em  http://diadobasta.tk/

(VAMOS LÁ ESQUERDA, SINDJUFE…)

ELES SE ODEIAM TANTO

“…O aniversário de 70 anos do presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo, foi palco, na noite de segunda-feira, do primeiro encontro de dois virtuais adversários na eleição municipal de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e José Serra…

http://etudopolitica.blogfolha.uol.com.br/2012/02/28/serra-e-haddad-tem-primeiro-encontro/

Veja QUANDO A GENTE PENSA QUE VIU TUDO (MULTIUSO11), também.

  • Se você não viu,  veja o RODA VIVA (Tv Cultura/SP) da últimaroda viva segunda. Nele, Bruno Daniel, o sociólogo, ex-militante do PT e irmão do ex-prefeito Celso Daniel, fala do assassinato e dos DESVIOS. Temendo pela própia vida e pela de sua família, prudentemente o entrevistado esteve exilado na França:

http://tvcultura.cmais.com.br/rodaviva/roda-viva-bruno-daniel-filho-27-02-2012/

Veja VOCÊ JÁ VIU ESSE FILME? parte 1 parte 2, também.

………………………………………………………………………….BAILINHO DE QUINTA

  “...CACHORRO GOSTA DE OSSO PORQUE NINGUÉM DÁ FILÉ...” 
Ariano Suassuna (veja SEÇÃO MULTIUSO)

Por que será que os braços do prefeito (foto abaixo), há não muito tão voltados para Deus, parecem tão hesitantes? Será pela música? Ô prefeito, que vacilo! O Parque da Cidade com o Bailinho logo ali…:

…Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão… (Máscara Negra, Zé Keti)

Concordo que foi um crime ambiental não ter levado a máquina: do lugar onde estava, eu teria tirado fotos lindas: com máscaras, rostos rindo, serpentinas, sombrinhas … Hoje, a concha Dorival Caymmi gemeu. Ou ferveu? Você acredita que, talvez em razão da música, dançava-se querendo dançar (não é o caso do prefeito, né?)? Se brincar, acho que até ser feliz, neguinho queria ser, viu? “…Você pensa que cachaça é água…”  foi apenas o começo do jogo. A partir daí, aquele antigo Bahia entrou em campo e, num passe de mágica, a nova Fonte Nova ficou pronta (você já notou que aquele Bahia  também tá voltando, né, leitor?) Pois é, até as árvores estão cantando. E no Parque, elas cantaram!  Cantaram e dançaram! A que me dava sombra, aliás, gritava “gol” o tempo todo. Pode até ser que só tenham começado a dançar com “…Há quem diga que eu dormi de toca … Eu quero é botar meu bloco na rua/ brincar, botar pra gemer…”(Sérgio Sampaio. Veja MARIVALDO BASTOS / MULTIUSO9), talvez o ponto em que as mãos e as bocas (sem que o time pedisse!) mais se elevaram aos céus.

…Atrás do trio elétrico
Só não vai quem já morreu
Quem já botou pra rachar… (Atrás do Trio Elétrico/Caetano veloso)

Balança o chão da Praça, ôôô… (Moraes)… Os acordes de Satisfation (Rolling Stones)…

… Ah! imagina só que loucura essa mistura Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia

De Todos os Santos, encantos e Axé, sagrado e profano, o Baiano é carnaval

Do corredor da história, Vitória, Lapinha, Caminho de Areia

Pelas vias, pelas veias, escorre o sangue e o vinho, pelo mangue,Pelourinho

A pé ou de caminhão não pode faltar a fé, o carnaval vai passar

Da Sé ao Campo-Grande somos os Filhos de Gandhi, de Dodô e Osmar

Por isso chame, chame, chame, chame gente

Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta

É um verdadeiro enxame, chame chame gente

Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta … 

(Chame Gente, Dodô & Osmar)…

Só faltou mesmo (veja OS QUADROS DA OAB E OUTROS QUADROS!) foi o hino da Bahia: … somos a turma tricolor….

O texto de hoje seria sobre os 50 ANOS A MIL de Lobão. Só que, como você viu, fui ao Parque da Cidade (domingo, 26) e vi o Bailnho de Quinta, leitor. E isso mudou tudo: voltei ao tempo em que o carnaval era um corte na realidade (saía-se triste dele!) e tive dificuldade de sair de lá. E pra acabar de lascar com tudo, ainda vi, no Multishow, a apresentação do Sargento Pimenta, no Rio…

Esqueci a máquina, mas, em compensação (pra mim, pelo menos), relembrei de um texto que recomeçou a pular. Ia se chamar “A VITÓRIA DOS CAMELÔS”, que rolou e rebolou na cabeça enquanto eu andava em Carro Quebrado” (veja ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE). Dos camelôs”? Sim. Mas, antes, uma breve história: há uns 03 anos, um alagoano tinha me dito (no graças a deus ainda parado no tempo Bar de Zé de RosaPraia do Francês) que … gostava de Alagoas ter seguido Pernambuco. Ele não ia gostar de ver um bocado de macho rebolando sem mulher, atrás de um fundo de carro aberto com um som miserável, como na Bahia e Sergipe…

Não tirei a razão dele, não. Mas, como estávamos enganados! Passei o carnaval por lá: tá tudo dominado. Não tem buraco no interior do Brasil (no nordeste, pelo menos), onde aquela droga antiga que o Bailinho de Quinta inventou não tenha sido trocada por um produto novo, geralmente made in Bahia. As fotos abaixo são da Barra de São Miguel, de uma beira de rio próximo a Carro Quebrado (sob a lona) e da Praia do Francês.

Dos camelôs? Sim. A propósito, você compraria um axé clássico, um pagode, um “sertanejo”, um “forró” ou arrocha…, se fosse perfume, carro ou roupa? Duvido! Você ia achar coisa de quinta. 5ª categoria! Dos camelôs porque, desde que surgiu (há mais de 20 longos anos), a música de massa que consome a Bahia não é mais arte. Ela fornece ao seu usuário algo mais do que alto volume da cintura para baixo? Sai-se da realidade ou se entra nela protegido por alguma camisinha que a própria fantasia fornece? Não. Há quanto tempo isso já ficou pra trás! Lembra de “…Eu queriiiaa, Que essa fantasia fosse eterna, Quem sabe um dia a Paz vence a guerra, E viver será só festejar… (Baianidade Nagô- Evany/Banda Mel, início dos terríveis anos 90; veja JURANDY DO SAX, O BOLERO DE RAVEL E A TERRA DA FELICIDADE). QUANTA DIFERENÇA! Ainda tinha poesia, né, leitor?

Tudo bem, os investidores e talvez até a grande massa poderiam dizer: é  NEGÓCIO (é só pra ganhar dinheiro!… nada diferente da política, aliás, outrora também palco de grandes temas… É verdade. Mas, meu amigo, o fim das utopias que incomodou Cazuza lá pelos fins dos 80 (…ideologiaaa, eu quero uma pra viver… Veja ILUSÕES PERDIDAS) parece mesmo ter encontrado na Bahia o lugar para a sua glória. E como – segundo a lenda – baiano burro nasce morto, nós caprichamos. Fim de ideologia ou utopia? Que nada! Isso é bestagem! Nós tínhamos coisa mais importante. A nossa cultura tinha: o Fim da Letrada Emoção. E não é de agora que digo isso, não (Tribuna da Bahia, 21dez87; veja eus):

Viu o bem que o Bailinho de Quinta e o Carnaval de Rua em PRIMAVERA ÁRABE no Rio estão fazendo, leitor (lembra de INSENSATO CORAÇÃO e BECHARA, GEYSI E O LIVRO “POR UMA VIDA MELHOR”?)? E sabe quando o tal A VITÓRIA DOS CAMELÔS começou a pular? Quando ele viu um bugrezinho parado, quase solitário, na praia de CARRO QUEBRADO, lembrando de antigos carnavais. Ali, ele se retou:

…aquele carnaval de não tão antigamente assim é a Itabira de Carlos Drumond de Andrade (“….Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!…” – Confidências do Itabirano: http://letras.terra.com.br/carlos-drummond-de-andrade/460645/).

Não sei se se pode dizer que a Bahia o matou, afinal, aquele tempo dos jeeps sem capota que chegavam (de Irará) cheios de cabelo, miniblusa e boca de sino para a micareta de Santanópolis já passou (chegavam cantando ‘… un gatto nel blu ecco che tu
Spunti dal cuore mio caro amore…”
– Roberto Carlos: http://letras.terra.com.br/roberto-carlos/180415/, e a gente, de Santanópolis, ficava meio esprimidinha). Mas, vem da Bahia o grande rio caudaloso que desagua em cada fossa aberta em cada fundo de carro, em cada porta e cada janela. Há não muito, aquele pessoal do bugrinho estaria atrás de um trio ou uma bandinha, onde, se rolasse briga, era por cachaça, roubo ou mulher. O que custa o poder público (que em Salvador, por exemplo, gastou cerca de R$50 milhões, segundo A Tarde) impor à indústria umas 02 horinhas por dia de outros carnavais, em cada carnaval, né? Por que não puxar pela memória nacional? São João e Natal podem viver sem a coisa boa antiga? Não. Tanto não podem que o São João da Bahia acabou. E por que o carnaval pode? A vitória dos camelôs não pode ser tão total!…

Voltando às Confidências de Drumond:

“…E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação…”

Sobre:

  • o BAILINHO…

 http://www.youtube.com/watch?v=2nFQy4UoJg0

Formado em 2009, o grupo resgatou canções que marcaram a história da música brasileira, como “Aurora”, “Bandeira Branca”, “Turma do Funil”, “Chiquita Bacana” e “Colombina”, para promover verdadeiros bailes de carnaval. A banda é composta pelo guitarrista Graco (Scambo), pelo baterista Thiago Trad (Cascadura), pela cantora Juliana Leite (Orquestra do Maestro Zeca Freitas, Paratodos), pelos sopristas Léo Couto e Javan Pacifico (Orquestra Afro-sinfônica) e pelo baixista multi-bandas Rodrigo Fróes ( http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=5813835&t=Bailinho+de+Quinta+anima+o+projeto+Musica+no+Parque)

  • O BLOCO DO SARGENTO PIMENTA (Rio)

…A apresentação do bloco Sargento Pimenta, que toca sucessos dos Beatles em ritmo de carnaval e arrastou uma multidão pelo Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio, na segunda-feira (20) ganhou repercussão em diversos jornais e sites internacionais como ‘The New York Times’, ‘The Washington Post’, ‘Fox News’ e ‘MSNBC.com’… De acordo com a Riotur, 60 mil pessoas acompanharam o bloco…

“Sair no New York Times, que é o jornal mais importante dos Estados Unidos, foi incrível”, disse ao G1 Felipe Fernandes, um dos diretores do Sargento Pimenta. “Esse é o segundo ano do bloco. Tudo ainda é muito novo para nós, não esperávamos que fosse aparecer esse número de pessoas”, acrescentou o músico…

Depois do grande sucesso na estreia do bloco em 2011, o Sargento Pimenta passou a se apresentar durante o ano inteiro. O grupo encheu a casa de shows Fundição Progresso, tocou no Réveillon na praia de Copacabana e ainda fez uma serenata para Paul McCartney, durante a passagem do músico pelo Rio, no ano passado (http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/carnaval/2012/noticia/2012/02/bloco-sargento-pimenta-repercute-na-imprensa-internacional.html)

E não é que isso me lembrou de um antiguíssimo poeminha?:

Você que ama

sonha

finge que foge, mas continua;

que sobe

desce

mija na calçada uma tira de rua;

que brada

briga

chora

morre na praia, por ondas sempre suas;

Você que segura a barra de querer ser feliz …

olha:

se passar por aí uma figura alta, baixa, magra, gorda e sem sexo definido;

alegórica, pinta de virgem, descalça, mas puta da vida e sabendo onde pisa;

cheia de charme , afim de futuro, mas com brincos de areia  e seringas de escuro;

uma senhora bem normal…

CUIDADO!

O seu nome é Realidade e pode estar grávida.

Atrás do seu enorme casaco há sempre uma possibilidade.

Se perguntar por mim, diz que não me viu.

E se tiver com uma mão atrás e outra na frente, nem diz.

Ou melhor: diz que foi engano, pura ilusão.

REALIDADE

Luiz Estrela

Veja, também, AXÉ MUSIC, em MULTIUSO10

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2 respostas para BAILINHO DE QUINTA

  1. Albenes Rocha disse:

    Tive esta mesma sensação no carnaval de Rio de Contas, anunciam carnaval tradicional, mas o que impera mesmo, são aqueles carros dos filhos de papai com seus milhares de decibéis, insuportáveis, de um mau gosto proporcional ao volume do som.
    Grande abraço, Coronel!

  2. Kátia Aguiar disse:

    Benoca ainda é do tempo em que te chamavam de “Coronel”???? Kléber também!!!!
    Adorei este post, vc se supera sempre!!! Você poderia ter outro filho… que tal? Anda muito criativo!!
    Bjs, amigo querido
    Kátia

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